El Niño 2023: ONU alerta sobre possível formação nos próximos meses

08/05/2023 às 10:002 min de leitura

Um novo comunicado emitido pela Organização das Nações Unidas (ONU) alerta para a alta probabilidade que o El Niño inicie ainda em 2023. Segundo a ONU, há uma chance de 60% que ele se forme até o final de julho e 80% de probabilidade que o El Niño se apresente até o mês de setembro.

Caracterizado pelo aquecimento da superfície das águas do Pacífico, esse fenômeno climático gera temor por provocar o aumento das temperaturas globais de forma mais pronunciada.

Além da elevação da média de chuvas em certas porções do planeta e de seca em outras áreas, o El Niño pode desencadear eventos que colocam em risco a vida da população e afetam a safra de alimentos.

ONU alerta para maior tendência de eventos climáticos extremos a partir da formação do El Niño. (Fonte: Getty Images/Reprodução)ONU alerta para maior tendência de eventos climáticos extremos a partir da formação do El Niño. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Desdobramentos podem ser observados em diversos países

Uma vez que o El Niño passe a agir, a tendência é que regiões situadas no sul da América do Sul, sul dos Estados Unidos, porção leste da África e a Ásia Central apresentem uma maior concentração de chuvas. Por outro lado, Austrália, Indonésia e o sul da Ásia costumam sofrer com secas severas durante a atuação deste padrão climático, destaca a ONU.

Em se tratando do aumento das temperaturas globais nos últimos anos, ainda que o El Niño seja responsável por acentuar esse efeito, mesmo durante a presença da La Niña (que atua freando a elevação da temperatura), o aumento das médias globais tem sido percebido.

Historicamente, o ano seguinte à formação do El Niño é conhecido por apresentar os cenários mais alarmantes. Na prática, isso representa tanto um maior risco de que eventos extremos ocorram quanto a possibilidade que em 2024 novos recordes de temperatura sejam alcançados.

Formação de El Niño costeiro provocou chuvas torrenciais no Equador e no Peru. (Fonte: Getty Images/Reprodução)Formação de El Niño costeiro provocou chuvas torrenciais no Equador e no Peru. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Entendendo o fenômeno e os efeitos percebidos já em 2023

Em geral, o El Niño se apresenta num período que varia entre dois e sete anos, podendo perdurar entre nove e doze meses. Neste ano, após a La Niña perder força e ser sucedida por uma fase considerada neutra, novas análises climáticas geraram o alerta do aquecimento das águas na porção do Pacífico.

Essa anomalia foi percebida na região costeira do Equador e Peru, no chamado Super El Niño costeiro, que ainda não configura a mudança do padrão climático. Assim, ao longo do mês de março, ele teria sido o responsável pela ocorrência de chuvas torrenciais e deslizamentos que provocaram mortes.

Conforme aponta a MetSul Meteorologia, essa formação costeira tem ocorrido num padrão em que ela antecede o surgimento do El Niño na sua forma mais intensa. Ainda se tratando de uma atuação localizada, ela fez com que a água do Oceano Pacífico alcançasse os 29 °C em determinados pontos, o que seria pelo menos 7 °C acima do normal para o período.

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