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26/06/2023 às 10:00•2 min de leitura
No início deste mês, a Agência Espacial Norte-Americana (NASA), divulgou imagens de uma forte luz verde avistada no polo norte de Júpiter. Cientistas acreditam que essa luz foi resultado de um relâmpago.
A imagem foi obtida pela sonda espacial Juno. Essa sonda orbita o planeta Júpiter com o objetivo de coletar dados estudados pelos cientistas aqui na Terra. A imagem foi feita enquanto Juno estava a 32 mil quilômetros acima de Júpiter.
Está vendo aquele ponto verde na imagem? Provavelmente, ele é um relâmpago. Reprodução: NASA
O provável relâmpago fotografado em Júpiter não é idêntico aos relâmpagos aqui da Terra. Sabemos que, no nosso planeta, um relâmpago ocorre quando há uma descarga elétrica em uma tempestade.
Contudo, relâmpagos também podem acontecer em tempestades de areia, em erupções vulcânicas e tempestades de gelo. O atrito entre as partículas que compõem uma nuvem a eletrifica, gerando o clarão que chamamos de relâmpago. Quando esse relâmpago toca o solo, nós o chamamos de raio.
No caso do relâmpago fotografado em Júpiter, é provável que ele tenha se formado em uma nuvem de amônia, possivelmente com água em estado gasoso.
As imagens feitas pelo Juno não chegam instantaneamente à Terra. A foto desse relâmpago foi feita no ano de 2020, mas apenas no ano passado é que ela foi devidamente processada para ser divulgada.
“Juno capturou esta visão quando completou seu 31º sobrevoo próximo a Júpiter em 30 de dezembro de 2020. Em 2022, o cientista Citizen Kevin M. Gill processou a imagem a partir de dados brutos do instrumento JunoCam a bordo da espaçonave.
No momento em que a imagem bruta foi obtida, Juno estava a cerca de 32 mil quilômetros acima do topo das nuvens de Júpiter, a uma latitude de cerca de 78 graus ao se aproximar do planeta”, explica o site da NASA.
Fonte: Getty Images
Júpiter é o maior planeta do sistema solar. Para você ter uma ideia da sua dimensão, seria possível colocar mil planetas Terra dentro dele, caso ele fosse oco.
Há muitos séculos, a humanidade o observa. Um dos nomes mais importantes da astronomia, Galileu Galilei, estudou quatro das 16 luas de Júpiter ainda no ano de 1610.
A atmosfera do planeta é composta por amônia, vapor de água, metano e, principalmente, hidrogênio e hélio. Por isso, o clima no planeta tem tempestades muito complexas, muito diferentes das da Terra.
Em 1979, a sonda Voyage fotografou a “Grande Mancha Vermelha de Júpiter”. O que para nós é apenas uma mancha avermelhada na superfície desse planeta, na realidade é uma gigantesca tempestade que se move em sentido horário.
Em 2021, cientistas que trabalhavam justamente no projeto que envolve a sonda Juno afirmaram que as luas de Júpiter poderiam ter água em estado líquido, o que as elegeriam como um provável lugar em que seria possível existir vida, para além dos limites da Terra.