Estilo de vida
25/07/2023 às 08:00•2 min de leitura
Fobos, a menor das duas luas do planeta Marte, esteve entre os tópicos mais comentados das redes sociais no mês de abril depois de ser flagrada pelo rover Perseverance, da NASA, eclipsando o sol a partir do Planeta Vermelho. Ela é uma lua relativamente pequena, com apenas 11 quilômetros de diâmetro, sendo conhecida como "lua condenada", pois irá um dia colidir com o seu planeta principal.
A pequena lua é feita de rocha e poeira e tem uma forma irregular, parecida com a de uma batata. Ela é fortemente atraída pela gravidade de Marte, o que faz com que sua órbita se aproxime perigosamente do planeta, até que ocorra o inevitável encontro, que deverá ocorrer em alguns milhões de anos.
Na postagem em que publicou a foto do eclipse capturada no dia 2 de abril, a NASA explicou que "Fobos está se aproximando de Marte a uma taxa de 1,8 metro a cada cem anos; nesse ritmo, ela colidirá com Marte em 50 milhões de anos ou se dividirá em um anel". Em algum momento, a força do planeta será tão forte que Fobos será destruída: ela irá se desintegrar em pedaços de rocha, que cairão na atmosfera.
Seguindo caminho inverso ao de Fobos, a lua da Terra está em órbita estável ao redor do planeta, e até mesmo se afastando de nós a uma taxa de aproximadamente 3,78 centímetros por ano, segundo o Observatório Nacional de Radioastronomia (NRAO) dos EUA.
Esse afastamento ocorre por dois motivos: primeiramente, porque nossa Lua é muito mais massiva do que Fobos, o que faz com que ela não seja tão fortemente puxada pela gravidade terrestre. Outro fator que reduz a influência da força gravitacional é a grande distância — 384,4 mil quilômetros — entre a Terra e a Lua.
Com isso, a tendência é que, "daqui a 600 milhões de anos, a Terra experimentará a beleza e o drama de um eclipse solar total pela última vez", previu em 2017 o cientista lunar Richard Vondrak, do Goddard Space Flight Center da NASA.
(Fonte: Lionsgate)
Embora muitíssimo improvável, é possível tecnicamente que, daqui a bilhões de anos, a Lua pare de se afastar da Terra e comece a se aproximar. Em um cenário projetado pelo Centro Espacial Te Awamutu, de Kihikihi na Nova Zelândia, uma eventual colisão dos dois astros resultaria em extinção total da vida existente no planeta.
Isso porque tanto a Terra como a Lua seriam destruídas na colisão. "A Terra seria provavelmente dividida em vários pedaços menores", diz o site neozelandês. A boa (?) notícia, destacam os astrônomos, é que a essa altura o Sol já teria se expandido em uma gigante vermelha e nosso planeta não seria mais habitável.