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31/08/2023 às 13:00•2 min de leitura
As primeiras observações feitas pelo Telescópio Espacial James Webb (JSTW) não podem ser explicadas pelos modelos cósmicos atuais. O motivo? Esses modelos estimam que o Universo tenha cerca de 13,8 bilhões de anos, o que foi determinado com base no conceito de Universo em expansão do Big Bang.
Contudo, a descoberta de galáxias primitivas "impossíveis" feitas pelo JSWT não se encaixariam como esse período. Por esse motivo, um novo estudo está propondo que tudo ao nosso redor, na realidade, teria em torno de 26,7 bilhões de anos.
(Fonte: GettyImages)
Conforme foi observado pelos pesquisadores, as primeiras galáxias chamadas de "impossíveis" refere-se ao fato de que algumas galáxias que datam para a alvorada cósmica — um período entre 500 a 800 milhões de anos após o Big Bang — terem discos e protuberâncias semelhantes àquelas que passaram por um longo período de evolução.
Essas galáxias de tamanho menor, contudo, são aparentemente mais massivas do que as maiores, o que é exatamente o oposto da expectativa científica. A nova estimativa de idade é derivada da taxa de expansão do Universo, feita ao medir o desvio das linhas espectrais na luz emitida por galáxias distantes para a cor vermelha.
O fato do desvio indicar para o vermelho baseava-se na hipótese de que a luz perdia energia à medida que percorria distâncias cósmicas. Essa explicação, no entanto, foi refutada por não conseguir explicar muitas observações. Logo, seria necessário encontrar todas as limitações usadas em modelos anteriores para determinar uma resposta mais assertiva.
(Fonte: GettyImages)
O novo estudo tentou combinar o modelo padrão do Big Bang com o modelo da "luz cansada" para ver como as informações se ajustavam aos novos dados obtidos pelo JWST. Somente esse processo já aumentou a idade do Universo para 19,3 bilhões de anos. Contudo, os dados ainda não eram perfeitos.
A abordagem de misturar dois modelos para explicar novas observações não é algo novo na ciência. Muito do que se sabia até então era uma combinação de informações trazidas por Isaac Newton e Albert Eisenstein no passado. Portanto, esse era o momento perfeito para entender como as informações obtidas pelo JWST poderiam agregar na criação de um novo modelo.
No passado, algumas observações do Telescópio Espacial Hubble apontaram para o impossível problema das primeiras galáxias, mas foi só com os novos dados obtidos pelo James Webb em meados de 2022 que esse problema foi firmemente estabelecido.
Em uma tentativa de defender o modelo padrão do Big Bang, os astrônomos tentaram resolver essa equação comprimindo a linha do tempo para a formação de estrelas massivas e buracos negros primordiais que acumulam massa a taxas não fisicamente elevadas. No entanto, cada vez está mais claro que uma nova física precisará surgir para explicar o que foi visto pelo JWST.