Ciência
16/09/2023 às 09:00•2 min de leitura
Encontrado no interior de uma mina em Angola, em 2022, um raro diamante rosa de 170 quilates, que está entre os maiores já descobertos, pode se tornar o mais caro do mundo. Um dos motivos para a sua valorização tem relação com a cor apresentada.
Batizado de “Rosa do Lulo”, em referência à mina de Lulo, ele faz parte do seleto e raríssimo grupo dos diamantes coloridos. Apenas 1 a cada 10 mil diamantes extraídos em todo o mundo apresenta cor, ou 0,01% deles.
Além do rosa, como no caso desta pedra preciosa, apontada como a maior do tipo nos últimos 300 anos, tonalidades como verde, azul, violeta, vermelho e laranja são consideradas raras. Já as pedras marrom e amarelo são um pouco mais comuns.
Por conta disso, a cor tem uma grande influência no preço dos diamantes, ou seja, quanto mais rara a sua tonalidade, maior o seu valor, que também pode ser aumentado devido ao peso bruto. Por sua vez, o diamante transparente é o mais comum deles.
(Fonte: Lucapa Diamond Company/Divulgação)
A cor nos diamantes é resultado de imperfeições que surgem no momento em que as pedras preciosas são formadas. Estas “falhas” podem ter relação com distorções, impurezas ou danos no processo que vão influenciar diretamente na tonalidade.
Não se sabe exatamente qual das imperfeições é a responsável pelo diamante rosa, porém acredita-se que o processo de coloração seja causado pela distorção, segundo o Live Science. Tal irregularidade acontece quando a estrutura da pedra é torcida e dobrada, modificando a forma da luz refletida e evitando que ela se pareça branca.
Mas a distorção precisa ser exata para a coloração rosa, já que uma variação mínima pode levar a outra tonalidade, como o marrom. Como a cor de um diamante depende das condições em que ele foi forjado, é mais fácil encontrar as joias de uma mesma cor nas áreas com condições geológicas semelhantes.
Por isso, entre 80% e 90% dos diamantes rosa localizados até o momento saíram da mesma mina. Trata-se da mina de Argyle, na Austrália, que encerrou as atividades em 2020, após 40 anos de funcionamento — a empresa que administrava o local alegou o esgotamento das pedras.
(Fonte: Lucapa Diamond Company/Divulgação)
Negociado em 2017, o diamante Pink Star é, até então, o mais caro desta categoria. Ele pesava 132,5 quilates originalmente, mas foi reduzido para 59,6 quilates na época em que o arrematante de um leilão em Hong Kong pagou US$ 71,2 milhões, o equivalente a R$ 354 milhões na cotação de hoje.
Estima-se que o diamante rosa de 170 quilates de Angola poderá ser vendido por um valor ainda mais impressionante quando for a leilão.