Artes/cultura
18/09/2023 às 08:00•2 min de leitura
Mesmo estando a uma semana do fim do inverno no hemisfério sul, temos enfrentado um período de altas temperaturas muito atípicas para esta época do ano. E essa onda vai durar por um bom tempo: de acordo com a MetSul, todas as regiões do Brasil terão muito calor nas próximas duas semanas. Há o risco até de haver quebra de recordes de temperatura para este mês.
Mas por que estamos enfrentando este calorão, e quais os riscos que corremos?
(Fonte: Getty Images)
Essa situação climática no Brasil resulta de uma massa de ar muito quente que vai seguir cobrindo o Brasil nos próximos dias. A tendência é que ela aumente ainda mais a partir da segunda metade da semana, pois a massa de ar vai reforçar o calor intenso.
O fenômeno registrado é da formação de um domo ou cúpula de calor (heat dome, no termo original), o que faz com que o ar se comprima no solo e crie uma pressão durante dias ou semanas, tal como uma tampa em cima de uma panela quente. O centro deste domo está entre o Paraguai e o Centro-Oeste do Brasil.
Há indicativo de temperaturas em torno ou acima de 40?°C em estados como Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Amazonas, Pará, Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão.
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Mas, conforme o alerta emitido pela MetSul, os estados mais afetados serão Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A maior parte das cidades registrará temperaturas acima de 40?°C. A região do Pantanal também pode atingir calores extremos.
Até hoje, o máximo de calor já registrado oficialmente no país foi de 44,8°C em Nova Maringá, Mato Grosso, entre 4 e 5 de novembro de 2020. Contudo, a MetSul avisa que há chance de que esse dado seja superado.
(Fonte: Getty Images)
A MetSul emitiu ainda um alerta comunicando que este calor exagerado pode trazer riscos à vida, sobretudo à população mais vulnerável, como idosos, doentes e pessoas em situação de rua. Como o país tem uma tradição de climas quentes, considera-se que o calor é uma espécie de causador silencioso de mortes, diferente do que ocorre com o frio e as chuvas.
Por isso, será fundamental que os agentes públicos tomem ações para proteger a população brasileira. Dentre os riscos provocados, estão o aumento da desidratação e mortes por doenças cardiovasculares e respiratórias. Um estudo feito em 2014 e publicado na revista Nature em 2015 mostrou que São Paulo teve mais de mil mortes neste período por conta de um evento de calor extremo.
No plano individual, o ideal é priorizar algumas medidas, como manter uma hidratação permanente com a ingestão abundante de líquidos, usar chapéus e óculos de sol, e aplicar sempre protetor solar com pelo menos 50 FPS.
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A MetSul também avisa que é preciso se atentar a ações menores, como não permanecer dentro de um carro fechado estacionado ao sol, pois a temperatura pode subir em até 10?°C em apenas dez minutos. Também não é recomendado praticar atividades físicas ao ar livre em momentos de muito calor.