Artes/cultura
12/10/2023 às 08:00•2 min de leitura
No dia 14 de outubro deste ano, moradores de nove estados das regiões Norte e Nordeste poderão observar um eclipse anular completo do Sol. O fenômeno astronômico acontece quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, cobrindo a maior parte da estrela e deixando visível somente uma espécie de "anel de fogo" brilhante.
Os privilegiados serão Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Tocantins, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. O eclipse também poderá ser visto no restante do país, mas apenas de forma parcial. De todo modo, é preciso ter cautela ao olhar para esse fenômeno. Veja só essa lista com cinco cuidados necessários e recomendações para assistir ao Eclipse Solar!
(Fonte: GettyImages)
Embora um fenômeno como o Eclipse Solar seja algo extremamente fascinante, não podemos cair na tentação de olhar diretamente para o Sol encoberto com nossa visão nua. Na verdade, isso só é "recomendado" para lugares com eclipse total e somente durante os poucos minutos que o Sol estiver completamente coberto pela Lua.
Como existe uma mudança muito brusca de luminosidade durante o eclipse, olhar diretamente para ele poderia prejudicar os olhos de uma pessoa rapidamente. A NASA recomenda que as pessoas usem óculos especiais para eclipses, filtros de câmeras e filtros de telescópios de "fornecedores respeitáveis" que seguem padrões internacionais de segurança.
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Eclipses solares totais são momentos perfeitos para a prática da ciência — e é por conta deles que sabemos sobre a existência do hélio. Durante a totalidade, os telescópios na Terra terão uma visão melhor da coroa solar, um anel de luz estelar que não é obscurecido durante o eclipse.
Esses fragmentos de plasma superaquecido são eliminados pelo restante das emissões de luz do sol. Porém, esse anel escuro pode revelar detalhes sobre os campos magnéticos do Sol e a origem dos ventos solares. Sendo assim, alguns astrofísicos devem aproveitar a ocasião para se aventurar nas pesquisas. Além disso, a queda na exposição à luz na Terra tornará o céu escuro o suficiente para vermos outros quatro planetas.
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Um fato curioso sobre os eclipses solares é que muitas coisas curiosas estarão acontecendo ao seu redor em vez de apenas lá no céu. De acordo com especialistas, é comum que alguns animais apresentem comportamentos curiosos durante esse tipo de fenômeno.
Insetos tendem a ficar muito confusos com a escuridão no meio da tarde, grilos passam a cantar imaginando que a noite já chegou, abelhas "desligam" e caem no chão, esquilos se tornam mais agitados e por aí vai. Por tanto, fique atento para qualquer tipo de comportamento caótico na natureza.
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Diferente de qualquer outro lugar no nosso Sistema Solar, a Terra é o único planeta onde é possível ver um eclipse solar total. Outros planetas, como Júpiter, até possuem eclipses, mas suas luas não estão posicionadas para mascarar perfeitamente a luz solar. Marte, por exemplo, pode ter dois eclipses em um único dia, mas nenhum como o nosso.
Por pura coincidência, o Sol é 400 vezes maior que a Lua da Terra, mas também 400 vezes mais distante do nosso planeta. Isso faz com que os dois astros pareçam exatamente do mesmo tamanho no céu. E se não fosse pela órbita desalinhada da Lua, veríamos eclipses solares uma vez por mês.
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As mesmas forças físicas por trás das marés oceânicas também fazem com que a órbita da Lua se torne cada vez maior. Por esse motivo, daqui a 600 milhões de anos, a Lua estará longe demais para bloquear totalmente o Sol — arruinando um dos fenômenos astronômicos mais incríveis vistos da Terra.
Isso é apenas mais um motivo para você aproveitar ao máximo o eclipse solar enquanto ele durar, pois um dia ele não existirá mais para nós humanos, mesmo que você já tenha morrido há muito tempo.