5 descobertas incríveis feitas em Marte

28/10/2023 às 10:002 min de leitura

Localizado a uma distância média de 225 milhões de km, Marte tem se tornado um verdadeiro "quintal" para os seres humanos. Conforme os anos passam, novas missões são planejadas para explorar o planeta vermelho e revelar novas informações sobre o nosso vizinho.

Desde 1965, a humanidade enviou com sucesso mais de 20 missões — sobrevoos, orbitadores, aterrisadores, rovers etc — para pesquisar os terrenos poeirentos existentes por lá. Então, o que aprendemos com essas expedições? Veja só essa lista com cinco descobertas incríveis feitas em Marte até agora!

1. Lugar frio e seco

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Antes das primeiras sondas passarem por Marte, os humanos pensavam que o planeta vermelho poderia ser exuberante e repleto de vida. No entanto, após a sonda Mariner 4 ter sobrevoado a região em 1965, nós descobrimos que todas as interpretações anteriores estavam erradas.

Graças a essa e outras missões, aprendemos que Marte é desprovido de água líquida e também apresenta uma superfície rochosa marcada por crateras de impacto, que foram raspadas por ventos fortes e criaram vales profundos. Embora a superfície do planeta seja totalmente seca, os cientistas sabem que existe água no local — porém em forma de gelo, vapor atmosférico e átomos incorporados na estrutura molecular de seus minerais.

2. Tempestades de poeira

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Por ter uma pressão atmosférica de apenas 0,7% igual a da Terra, a menor gravidade e a falta de campo magnético impedem Marte de reter uma espessa camada gasosa. Dessa forma, sua atmosfera tênue não faz um bom trabalho em reter o calor do Sol para manter a superfície aquecida durante todo o dia. Isso faz com que a temperatura média do planeta seja de -62 °C.

No entanto, a atmosfera de Marte é espessa o suficiente para sustentar tempestades de areia de forma frequente. Essas tempestades são tão intensas que chegam a atingir velocidades de mais de 90 km/h. As partículas de poeira consistem em óxido de ferro, o mesmo produto químico da ferrugem.

3. Água líquida em Marte

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Como dito anteriormente, Marte não sustenta água líquida atualmente. Contudo, a visita da Mariner 9 em 1971 fez os cientistas recolherem evidências plenas de que essa forma de H²O já fluiu no planeta. Isso pode ser visto pelas características topográficas de Marte, com canais de escoamento de rios, ravinas esculpidas e rachaduras de lama cravadas no solo.

Embora a água líquida marciana provavelmente tenha durado milhões de anos, ela praticamente desapareceu há dois ou três bilhões de anos. De todo modo, sua presença e persistência implicam que há muito tempo o planeta vermelho experimentou uma atmosfera mais espessa e temperaturas mais quentes — o que poderia ter sido adequado para abrigar vida.

4. Meteoritos misteriosos

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Por muitos anos, cientistas não conheciam as origens de alguns meteoritos que chegaram à Terra. Porém, depois que as sondas Viking chegaram a Marte em 1976 e colherem amostras do ambiente, a análise da composição da atmosfera do planeta vermelho confirmou que as rochas estranhas tinham origem marciana.

Cerca de 300 desses meteoritos estão em coleções de cientistas em nosso planeta. Essas rochas foram exiladas de Marte pela influência de impactadores, o que lançou detritos para o espaço. Os fragmentos resultantes flutuaram no vazio por milênios até chegarem aqui.

5. Similaridades com a Terra

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Todos os estudos já feitos em Marte mostram que o planeta um dia foi aconchegante, úmido, deliciosamente gasoso e protegido por uma magnetosfera. Contudo, por algum motivo desconhecido, o planeta vermelho seguiu uma trajetória diferente da Terra e transformou-se no mundo árido que é hoje. 

Se Marte teve vida durante esse período é um grande mistério que alimenta parte da excitação científica sobre o nosso vizinho. A melhor maneira para sanar essas dúvidas seria coletar amostrar de rochas de Marte e submetê-las aos instrumentos mais avançados de pesquisa já desenvolvidos por humanos. Se tudo der certo, estudos mais concretos devem surgir a partir de 2033.

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