Quais são as chances de morrer durante o sono?

05/11/2023 às 08:002 min de leitura

É fato que todos nós, reles mortais, tememos em pensar sobre o que dia em que vamos partir dessa para a melhor. Quem reflete mais sobre o assunto costuma até especular sobre quais seriam as formas mais tranquilas de se morrer

Chegar ao seu momento final durante o sono pode ser algo positivo ou negativo, dependendo do ângulo que se olha. Para alguns, pode parecer a chance de morrer sem sentir nada; para outros, pode se tornar uma fonte de angústia e gerar um medo permanente de adormecer.

Mas, quando alguém morre dormindo, o que de fato aconteceu com ela? Confira a resposta neste texto.

Qual é a chance de morrer dormindo?

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Se você é da turma que se apavora com a possibilidade de morrer durante o sono, saiba que a probabilidade de isso acontecer é relativamente baixa. Mas quem passa por essa situação foi provavelmente acometido por algum mal em um dos três órgãos mais importantes do nosso organismo. “Morrer durante o sono geralmente está relacionado ao coração, pulmões ou cérebro”, explicou a doutora Milind Sovani, consultora em medicina respiratória, em entrevista à Newsweek.

Isso acontece porque, quando estamos dormindo, é menos provável que consigamos manifestar e identificar os sinais de que há algo errado com esses órgãos. “Se eu estiver de pé e tiver uma pausa de 10 segundos na minha frequência cardíaca, vou cair, desmaiar e fazer um grande baque e alguém vai ouvir. Quando você está dormindo, você simplesmente não consegue atender a si mesmo e manifestar seus próprios sintomas”, afirma o cardiologista Jack Flyer.

A causa mais comum de morte durante o sono é a parada cardíaca súbita: ela é responsável por 90% dos casos de óbitos inesperados nessa fase do dia (o que também é caracterizado como morte noturna). As pessoas que correm maiores riscos são as que têm doença arterial coronariana, batimento cardíaco irregular e coração aumentado.

Quando ocorre a parada cardíaca súbita, o fluxo sanguíneo para os órgãos é interrompido, o que pode levar à morte se não houver atendimento imediato. 22% dos casos dessas mortes acontecem entre 22 h e 6 h.

Outra ocorrência ligada à morte dormindo é a apneia obstrutiva do sono. Ela envolve um estreitamento dos músculos das vias aéreas, o que impede a respiração e leva à falta de oxigênio no cérebro. Isso aumenta a chance de ocorrer uma parada cardíaca súbita.

Por fim, há as causas ligadas a intercorrências no cérebro. Uma delas é a morte súbita na epilepsia, doença na qual as pessoas apresentam convulsões recorrentes que não são controladas por remédios. Nesses casos, o risco pode aumentar à noite durante o sono. Já a outra é o acidente vascular cerebral (AVC), quando um coágulo ou vaso sanguíneo impede que o sangue chegue ao cérebro. 25% dos AVCs acontecem durante o sono.

Como lidar com os riscos?

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Quem tem riscos aumentados de morte durante o sono precisa consultar um médico para poder receber as recomendações adequadas, levando em conta seus hábitos e estilo de vida. Para quem está fora desses fatores, a chance de falecer enquanto dorme é bastante pequena.

De todo modo, a recomendação dada pelos especialistas para passar longe dessa situação é a de manter os hábitos de uma vida saudável: estabelecer uma dieta equilibrada, fazer exercícios regulares e prezar pela qualidade do sono.

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