Estilo de vida
11/11/2023 às 14:00•3 min de leitura
A jornada da humanidade ao espaço está repleta de marcos impressionantes, desde o pouso na Lua até as observações sobre as profundezas do Universo com telescópios poderosos. Porém, nem tudo que está envolvido no tema "viagem espacial" é tão glorioso ou monumental assim. Inclusive, existem muitas histórias bizarras no meio disso tudo.
Não foram poucas vezes que os seres humanos decidiram enviar ao vazio cargas um tanto quando incomuns — para não dizer completamente bizarras. Pensando nisso, nós separamos uma lista com cinco itens inusitados que pegaram uma carona para uma jornada espacial!
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(Fonte: Getty Images)
A bactéria Salmonella, conhecida por causar intoxicação alimentar, foi enviada para a Estação Espacial Internacional (ISS) em missões de ônibus espaciais entre 2006 e 2008 — o que resultou em uma descoberta surpreendente. No ambiente único de microgravidade do espaço, pesquisadores notaram que a bactéria se tornou mais violenta do que suas versões na Terra.
Essa descoberta é significativa porque as condições no espaço são um pouco semelhantes às do intestino humano, onde uma força mecânica chamada "cisalhamento de fluxo" é baixa. Essa semelhança ajudou os pesquisadores a entender como a salmonela se comporta dentro do corpo humano — uma pesquisa fundamental para entender o que pode ser feito em missões onde astronautas passarão muito tempo longe de ajuda médica.
(Fonte: NASA/LEGO/Divulgação)
Três estatuetas LEGO especiais foram enviadas em uma viagem a Júpiter, a bordo da espaçonave Juno da NASA, em 2011. Essas minifiguras exclusivas representam o deus romano Júpiter, sua esposa Juno e o "pai da ciência" Galileo Galilei. A ideia fez parte do projeto "Tijolos no Espaço", um esforço colaborativo da NASA e do Grupo LEGO que visa inspirar crianças a mergulhar na ciência.
Curiosamente, esses personagens de brinquedo não eram feitos de plástico, mas sim de alumínio especial para uso espacial. Eles foram submetidos a testes rigorosos para garantir que estavam aptos para a missão.
(Fonte: Lucasfilm/20th Century-Fox/Reprodução)
Em outubro de 2007, a missão STS-120 do ônibus espacial Discovery transportou uma carga única junto de sua tripulação para a ISS: o sabre de luz original usado por Luke Skywalker (Mark Hamill) no filme Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança (1977). O evento fez parte da celebração do 30º aniversário da icônica franquia de filmes.
A missão espacial, liderada pela comandante Pam Melroy e pelo piloto George Zamka, incluiu uma tripulação de sete pessoas encarregadas de entregar o módulo Harmony à estação espacial. A partida do sabre de luz e a subsequente viagem espacial foram um aceno simbólico ao impacto cultural da saga Star Wars, que mistura ficção científica com exploração espacial do mundo real.
(Fonte: Getty Images)
Outro objeto intrigante enviado ao espaço foi uma grande roda de queijo Le Brouere, que viajou junto da cápsula espacial Dragon durante uma missão feita pela SpaceX, em 2010. O ato extravagante foi uma homenagem à uma esquete clássica do programa de comédia britânico Monty Python's Flying Circus.
A cápsula Dragon entrou para a história como a primeira espaçonave comercial do mundo a alcançar a órbita e retornar à Terra com segurança, completando duas órbitas antes de cair no Oceano Pacífico.
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(Fonte: Michael Ochs Archives/Getty Images)
Em 2024, a Celestis, uma empresa que oferece sepulturas espaciais, lançará uma missão pioneira no espaço profundo carregando quase 200 cápsulas de restos mortais cremados e amostras de DNA. Entre essas cinzas estará a de Gene Roddenberry, criador da saga Star Trek, de sua esposa Majel Barrett Roddenberry e de seu filho Eugene.
A missão, chamada Voyager Memorial Spaceflight, enviará esses restos mortais em uma jornada para orbitar permanentemente o sol, marcando um novo capítulo nos enterros espaciais. O foguete Vulcan Centaur impulsionará as cápsulas para o espaço, onde passarão pelo sistema Terra-Lua e pelo telescópio James Webb, para se tornarem parte da Enterprise Station, o posto avançado de repositório humano permanente mais distante que orbita o sol.