Estilo de vida
14/12/2023 às 02:00•2 min de leitura
Cientistas fizeram uma descoberta revolucionária que pode transformar as armas a laser, popularizadas por franquias de filmes como Star Wars, em uma realidade mais poderosa e eficaz. Atualmente, esses armamentos utilizados pelos militares são limitados em potência, capazes apenas de desativar pequenos alvos aéreos. No entanto, uma nova pesquisa sugere que em breve poderemos ver lasers infravermelhos de alta potência capazes de causar danos significativos a distâncias maiores.
O estudo, publicado em 19 de novembro na revista Nature Communications, foi financiado pela Força Aérea dos EUA e liderado por Stephen Warren-Smith e Linh Nguyen, pesquisadores da Future Industries Institute da Universidade da Austrália do Sul.
Os responsáveis pelo trabalho descobriram uma maneira de limitar a dispersão da luz em fibras ópticas multímodo, que são capazes de transmitir múltiplos modos de luz. Essa inovação pode aumentar a potência do infravermelho emitido em até nove vezes, mantendo o feixe concentrado e focado.
(Fonte: Disney/Reprodução)
As fibras óticas, usadas nas armas a laser atuais, transmitem um único comprimento de onda de luz através do núcleo da fibra, gerando um feixe focado. No entanto, aumentar a potência desses itens é um desafio, pois a luz é confinada a uma área pequena. As fibras multímodo, por outro lado, são mais largas e podem aumentar significativamente a capacidade, mas tendem a produzir feixes desordenados, o que reduz sua eficácia em longas distâncias.
A solução encontrada pelos pesquisadores permite controlar a propriedade da luz de modo que ela emerja como um ponto focalizado, que pode ser transformado em um feixe estreito e de alta qualidade. Isso significa que os futuros armamentos deste tipo poderiam ser suficientemente potentes para causar danos térmicos significativos a veículos ou máquinas, além de confundir sistemas de navegação inimigos.
(Fonte: Disney/Reprodução)
Embora um protótipo de arma usando essa tecnologia ainda não tenha sido desenvolvido, o estudo abre caminho para lasers mais potentes que podem ser usados em uma gama mais ampla de objetivos. Por exemplo, um feixe focado em um alvo distante por alguns segundos poderia derreter ou queimá-lo, sendo eficaz contra itens menores como drones e morteiros, e potencialmente contra objetos maiores se sistemas críticos forem danificados.
Além da capacidade militar, essa inovação também poderia ser muito útil no sensoriamento remoto, como na determinação de velocidades do vento a distâncias maiores do que os métodos convencionais permitem. Eles também são fundamentais para pesquisas em detecção de ondas gravitacionais.
Apesar desses avanços, a tecnologia ainda está longe de produzir algo como a famosa Estrela da Morte de Star Wars. No entanto, ela representa um passo significativo no desenvolvimento de armamentos mais eficientes, que podem fornecer munição basicamente ilimitada por usar a eletricidade como única fonte de energia.