Artes/cultura
09/01/2024 às 11:00•2 min de leitura
Tsunamis são ondas gigantes que se originam a partir de terremotos, vulcões ou outro tipo de abalo que ocorre nos mares e oceanos. Elas possuem um alto poder destrutivo, e sua altura gira em torno dos 30 metros, em média.
O evento ocorrido no ano de 1958 na Baía de Lituya, localizada no Alasca, dá uma amostra significativa do quão violento os tsunamis podem ser: as ondas que surgiram a partir de um terremoto foram muito além da média — a maior delas alcançou os 525 metros, aproximadamente.
Para se ter uma melhor dimensão, essa é uma altura que supera a de diversos monumentos espalhados pelo mundo, como o Cristo Redentor, com 38 m, a Estátua da Liberdade, de 93 m, a Torre Eiffel, com 330 m e o Empire State Building, que tem 381 m.
Árvores arrancadas pela força do megatsunami. (Fonte: Wikimedia Commons)
Naquele dia 9 de julho de 1958, um terremoto de magnitude 7,9 na escala Richter, ocorrido na falha de Fairweather, provocou a queda de rochas e blocos de gelo no mar e gerou as ondas que avançaram sobre a Baía de Lituya. O local, que é um fiorde, sofreu impactos que até hoje podem ser percebidos na visão aérea.
A maior das rochas que caiu nas águas possuía 732 metros por 914 metros de dimensão, dando forma a um megatsunami. Tal impacto é comparado ao que seria observado a partir da queda de um asteroide no mar, consagrando esse tsunami como o maior da história.
As ondas derrubaram parte da floresta, arrancando árvores pela raiz. Hoje, é possível ver as novas espécies vegetais que nasceram, contrastando com as que já existiam no local na época. Inclusive, vestígios de tsunamis anteriores e de impacto significativo foram destruídos a partir desse evento.
Por outro lado, esta região do Alasca possuía uma baixa concentração populacional, o que evitou uma tragédia, sob o ponto de vista humano, de maiores proporções ainda.
As áreas mais claras da imagem mostram a vegetação completamente arrancada pela água. (Fonte: Wikimedia Commons)
Mas ainda assim, as ondas deixaram vítimas: duas pessoas que haviam saído para pescar nunca mais foram encontradas. Além disso, outras três pessoas que estavam na praia morreram.
Vale destacar ainda que a formação desse cenário catastrófico se deu num período de tempo extremamente curto, impedindo que as pessoas adotassem qualquer medida em busca de proteção. Quem sobreviveu, por outro lado, ficou à mercê da própria sorte.
Algumas testemunhas oculares do megatsunami, inclusive, observaram movimentos que desencadearam os grandes deslizamentos ocorridos na superfície, dando a impressão de que uma das geleiras havia subido e descido. Assim, apesar do grande risco sofrido, elas sobreviveram enquanto testemunhavam o avanço da destruição da costa da baía.