Estilo de vida
24/01/2024 às 12:00•2 min de leitura
Além de oferecerem uma visão mais complexa de diferentes civilizações, as descobertas arqueológicas têm como grande efeito o poder de reescrever o passado, tanto ao sanar lacunas, quanto por nos fazer reconsiderar um determinado evento histórico, ou mesmo por voltar a nossa atenção para uma determinada obra.
(Fonte: Windmemories/Wikimedia/Reprodução)
Foi exatamente o último caso que se concretizou quando pesquisadores encontraram essa espada dourada, que ficou guardada numa tumba por mais de 2500 anos. O detalhe é que ela estava submersa, despertando surpresa por ter se mantido preservada por tanto tempo mesmo sob condições tão desfavoráveis. A bainha que abrigava a relíquia também é apontada como um dos motivos para isso.
Feita de bronze, o artefato dá uma amostra do quão refinadas eram as espadas produzidas a partir desse material no século VI a.C. na China. Análises posteriores ainda identificaram a presença de outros compostos que tornaram a lâmina mais resistente.
O item, que ficou conhecido como a espada de Goujian, descoberto em 1965, não possui sinais de manchas e ainda apresenta uma ponta afiada. Não é à toa que se trata de um dos maiores tesouros nacionais do mundo oriental.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
O desastre ocorrido em Pompeia ainda hoje é lembrado. Consequência da erupção do Vesúvio em 24 de agosto de 79 d.C., a explosão lançou gases venenosos para grandes distâncias, isso sem falar nos detritos vulcânicos.
O evento deixou a cidade em ruínas, e a população que não conseguiu escapar não resistiu aos efeitos das altas temperaturas, ainda que não houvesse contato direto.
Assim, os depósitos de cinzas acabaram por preservar um retrato do local e de seus habitantes em meio a esse grande desastre, que ainda nos tempos atuais é alvo de estudos. Num deles, que falamos aqui no Mega Curioso, foi constatado que a asfixia foi a principal causa da morte de boa parte das vítimas.
(Fonte: Ministero della cultura/Reprodução)
Um templo submerso, localizado na costa de Pozzuoli, sul da Itália, figura não só como uma das descobertas de 2023, mas também como uma das mais importantes. Pesquisadores acreditam que a construção tenha sido obra dos nabasteus, um povo de origem árabe, há mais de dois mil anos.
A princípio ela seria mais do que um centro religioso, mas também um espaço cultural na cidade, que estava inserida em um polo comercial de grande destaque do Mediterrâneo no período.
Mas como as ruínas do templo teriam ido parar no fundo do mar, no final das contas? A atividade vulcânica do local é apontada como a causa para isso. Ainda hoje, a presença de inscrições em latim, além de um altar para os deuses nabasteus estão entre os detalhes que mais chamaram a atenção dos estudiosos.
(Fonte: Unesco/Reprodução)
As ruínas de Léptis Magna, na Líbia, também possuem um grande valor arqueológico e histórico. Localizada a 130 km de Trípoli, que é capital do país, o local se consagrou como Patrimônio Mundial da Unesco.
Trata-se de uma antiga cidade pertencente ao Império Romano, sendo considerada uma das mais belas dentre as já construídas. Com a guerra civil no país, que ganhou grandes contornos a partir de 2011, a região ficou praticamente abandonada, com visitas bem restritas.
Lá foi onde um dos imperadores romanos mais conhecidos, Septímio Severo, nasceu. Por sorte, Léptis Magna escapou ilesa dos conflitos. Um teatro, uma grande basílica e pista para corridas estão entre as construções que ficaram para a posteridade.