7 mapas que marcaram época e mudaram perspectivas

26/01/2024 às 02:002 min de leitura

Hoje, com guias cartográficos digitais ao alcance de nossas mãos, rastreamos quase todos os pontos do planeta em tempo real. No entanto essas representações gráficas do mundo têm um passado profundo surpreendente. Conheça sete mapas fascinantes que impactaram nossa compreensão do mundo.

1. Os mitos estratégicos do século XVIII

Mapa de 1762 de Jean Janvier. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)Mapa de 1762 de Jean Janvier. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)

No século XVIII, cartógrafos europeus mapeavam a América do Norte com base em relatos diversos, resultando em mapas frequentemente imprecisos, especialmente relacionadas a cursos de água. O surgimento e desaparecimento de elementos fictícios destacam como os mapas refletiam não apenas a geografia, mas também as aspirações políticas e econômicas dos cartógrafos.

2. Fronteiras ambíguas na África Subsariana

(Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)(Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)

Na África Subsaariana, apenas um terço das fronteiras foi formalmente delimitado, indicando que os países concordaram com a localização exata e documentação precisa das fronteiras. Acordos informais, como "concordar em discordar", são comuns, evitando tensões desnecessárias. Um exemplo é a disputa entre Camarões e Nigéria pela Península de Bakassi. O processo envolveu debates sobre jurisdição, documentos históricos e práticas não oficiais, destacando a complexidade e a contingência das fronteiras.

3. O declínio de uma aliança pirata

Mapa de 1612 dos “portos piratas” do sudoeste de Munster. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)Mapa de 1612 dos “portos piratas” do sudoeste de Munster. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)

Em 1614, uma frota holandesa, guiada por um mapa que revelava a localização dos piratas, desencadeou um ataque devastador que levou ao declínio de uma aliança pirata na costa irlandesa. Assim, esse "mapa do tesouro" histórico desempenhou um papel crucial na transformação do cenário marítimo da época.

4. Os mapas de seda na Segunda Guerra Mundial

Mapa de seda da Holanda, Bélgica, França, Suíça e Alemanha. (Atlas Obscura/Reprodução)Mapa de seda da Holanda, Bélgica, França, Suíça e Alemanha. (Atlas Obscura/Reprodução)

Christopher Clayton Hutton, jornalista britânico, desenvolveu uma abordagem inovadora ao criar mapas tão finos que quase não ocupavam espaço, auxiliando cerca de 750 prisioneiros de guerra aliados em suas fugas durante a Segunda Guerra Mundial. Desse modo, a engenhosidade por trás desses mapas secretos de seda desempenhou um papel vital na liberdade dos prisioneiros.

5. Fronteiras do sul da Ásia no século XIX

Nain Singh. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)Nain Singh. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)

No século XIX, colonos no subcontinente indiano utilizaram exploradores disfarçados, como Nain Singh, para mapear áreas proibidas. Eles percorriam terras hostis, registrando detalhes geográficos e culturais. Apesar da menor precisão em relação às ferramentas britânicas, desempenharam um papel crucial na expansão do conhecimento colonial.

6. Desmistificando o mapa-múndi

Mapa criado por al-Idrisi em 1154. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)Mapa criado por al-Idrisi em 1154. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)

Muhammad al-Idrisi foi um renomado cartógrafo árabe do século XII, cujo nome muitas vezes é ligado a um mapa-múndi considerado instável. Contudo, contrariando interpretações equivocadas, Muhammad al-Idrisi, na verdade, produziu o mapa mais preciso da Terra disponível no século XII. Essa reavaliação desafia as noções errôneas frequentemente atribuídas ao seu trabalho cartográfico.

7. Marie Tharp e a revolução nos mapas oceânicos

Mapa do Panorama Mundial do Fundo do Oceano por Bruce C. Heezen e Marie Tharp, 1977. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)Mapa do Panorama Mundial do Fundo do Oceano por Bruce C. Heezen e Marie Tharp, 1977. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)

Marie Tharp, geóloga e oceanógrafa, foi essencial na transformação da compreensão das profundezas oceânicas por meio de seus mapas históricos de topografia subaquática. A partir de 1957, colaborando com Bruce Heezen, ela desafiou a visão anterior de um fundo oceânico uniforme, revelando uma fenda no oceano Atlântico e consolidando a teoria das placas tectônicas. Sua precisão na visualização do fundo do oceano marcou décadas de inovação, e sua contribuição é agora considerada fundamental para a compreensão da geologia marinha.

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