Estilo de vida
16/02/2024 às 04:30•2 min de leitura
Trabalhando na função de primeira-ministra do Reino Unido de 1979 a 1990, Margaret Thatcher tornou-se uma das figuras mais divisoras da história da política britânica. Inclusive, foi por conta de sua trajetória polêmica que ela também acabou ficando conhecida por ser a "política mais odiada" de toda a região.
Mas qual é o motivo para que algumas pessoas a odeiem tanto e outras a amem sem precedentes? Inevitavelmente, ela conquistou amor e ódio em medidas quase iguais, embora alguns digam que Thatcher apenas destacou as divisões presentes na sociedade da época. Veja alguns dos motivos pelos quais ela é uma personalidade tão controversa!
(Fonte: Getty Images)
As políticas de Thatcher não visavam causar desemprego em massa, mas isso tornou-se uma consequência de seus atos como primeira-ministra ao tentar controlar a inflação — que em certa altura atingiu os 18%. A sua chamada "Estratégia Deflacionária" incluiu várias medidas, como o aumento das taxas de juro de 8% a 15%.
Essas medidas, juntamente com as receitas do petróleo do Mar do Norte, levaram a um fortalecimento da libra esterlina e atingiram a indústria de exportação de forma incrivelmente dura. Contudo, isso não aconteceu antes de mais de 2 milhões de empregos industriais terem sido perdidos entre 1979 e 1981.
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Antes da Lei de Reforma do Divórcio de 1969, no Reino Unido, era impossível que uma parte "culpada" se divorciasse da parte inocente em um relacionamento. De qualquer forma, Margaret Thatcher votou contra a flexibilização dessas leis, mesmo que o projeto tenha sido aprovado de qualquer maneira.
Contanto que o cônjuge inocente tomasse cuidado para não ser pego em adultério, ele ou ela poderia efetivamente impedir o divórcio e um novo casamento do outro, algo que Thatcher parecia estar de acordo.
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Outra opinião polêmica de Margaret Thatcher é que ela aboliu o leite grátis para crianças em idade escolar. Na década de 1970, houve uma pressão significativa no Governo Wilson para fazer cortes nas despesas, a fim de pagar a poupança fiscal. Para isso, a então nova Secretária de Estado da Educação recebeu ordens para fazer cortes em quatro áreas: taxas de educação adicional, empréstimo de livros da biblioteca, alimentação escolar e leite escolar grátis.
Thatcher, por sua vez, propôs eliminar o fornecimento de leite às crianças com idades entre os 7 e 11 anos, mas mantê-lo para alunos do ensino primário. Apesar disso, ela ainda foi rotulada como "Ladra de leite".
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Um dos desastres mais notáveis de Margaret Thatcher foi o chamado "Poll Tax", ou "Encargo Comunitário", que substituiu a tributação sobre o valor da propriedade por uma taxa única a ser cobrada por adultos residentes na cidade. Porém, isso apenas transferiu a carga tributária dos ricos para os pobres.
Essa lei atingiu desproporcionalmente famílias numerosas que viviam em alojamentos pequenos. O Encargo Comunitário causou intensa desconfiança e feridas profundas entre milhões de eleitores, muitos dos quais nunca perdoaram Thatcher.
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Uma das razões aparentemente óbvias do porquê as pessoas odeiam Margaret Thatcher foi a declaração da Seção 28 da Lei do Governo Local de 1998, em que autoridades não deveriam "promover intencionalmente a homossexualidade ou publicar material com a intenção de promover a homossexualidade".
Há poucas evidências de que ela esteve diretamente envolvida na criação da lei, mas tal legislação reflete as crenças generalizadas dos tradicionalistas conservadores que estavam em torno de seu governo. Sendo assim, Thatcher conquistou uma antipatia compreensiva por parte da Comunidade LGBTQIA+.