Ciência
07/02/2024 às 03:00•2 min de leitura
Os satélites Starlink, da SpaceX, ganharam popularidade por oferecer internet em localidades mais remotas, mas a verdade é que a sua operação atende a outras finalidades, e de quebra, também gera polêmicas. Os 6 fatos que selecionamos dão uma amostra disso:
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Em 2015, eles se tornaram uma novidade, quando foram lançados. Mas na astronomia, os satélites Starlink estão gerando um impacto negativo no céu noturno. Como deixam muitos rastros luminosos no céu, acabam por prejudicar bastante a observação do espaço.
De olho nisso, a SpaceX passou a investir em novos modelos que não gerem esse efeito. Para o público geral, ainda há outro fato percebido: as famosas constelações de satélite são confundidas com OVNIs. Uma das ocorrências mais famosas nesse sentido ocorreu no Rio Grande do Sul em fevereiro do ano passado, quando pilotos de avião observaram pontos não identificados no céu.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Associá-los a constelações não é propriamente um exagero, pois há mais de 3 mil satélites Starlink orbitando o nosso planeta, e a meta é ter mais de 40 mil. Em meio à guerra na Ucrânia, seu uso se tornou mais conhecido, quando ocorreu o envio de antenas e roteadores para o país.
Os satélites Starlink ainda forneceram informações aos militares dos Estados Unidos, dando andamento a um projeto focado na transmissão de dados confidenciais com mais segurança, atendendo aos padrões mais exigentes.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Um fato menos conhecido é que os satélites Starlink rodam o sistema operacional Linux, que é um dos mais famosos que possui código aberto. Capazes de se comunicar entre si, os satélites fazem uso de sinais a laser.
Eles orbitam numa altitude média de 550 quilômetros, considerada relativamente baixa em comparação com outros em operação, mas que visa oferecer uma conexão mais veloz, segundo a empresa.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Ao compartilharem dados entre si, eles ficam menos dependentes de transmissões das estações terrestres. Na prática, é esse o mecanismo que torna mais eficiente a difusão da rede de internet global.
A Antártica também é um dos locais remotos em que o serviço de internet da Starlink opera. Mas parece que isso ainda não é o bastante: a SpaceX planeja dominar o solo marciano ainda nesta década, o que colocaria os satélites em um novo patamar de uso.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Por outro lado, os satélites também já foram alvo de uma simulação que abordava formas de destruir os Starlink do espaço. Segundo o jornal South China Morning Post, pesquisadores chineses sugeriram que bombas nucleares antissatélite e altamente precisas poderiam atender a esse objetivo.
Porém, na mesma medida em que teriam alto poder destrutivo, outros satélites próximos poderiam sofrer danos diretos de uma eventual nuvem de detritos formada. Parece cena de filme de ficção científica, mas pelo visto, tem sido considerada bem mais do que imaginamos.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Com vida útil de cinco anos, cada vez mais, eles se multiplicam. E assim, o risco de colisão também é outro ponto problemático. Especialistas apontam que na medida que os satélites Starlink forem desativados ou colidirem, seu material irá queimar na atmosfera terrestre. Ainda não sabemos os perigos que isso representa no longo prazo.
O receio é que essa combustão se reflita em mais problemas climáticos, e muitos já perceberam que definitivamente é o que menos precisamos.