Estilo de vida
11/01/2019 às 13:00•2 min de leitura
Os símbolos de feminino e masculino estão por toda parte, desde o uso mais óbvio, para indicar banheiros exclusivos para um determinado gênero, até capas de livro, pingentes, chaveiros e logos de empresas famosas, como a Volvo.
Porém, o que muita gente desconhece é que o motivo para estes signos começarem a ser usados para designar gênero tem muito mais história e simbolismo que as poucas linhas podem aparentar.
Apesar de originalmente terem um significado completamente distinto, representando planetas, elementos e deuses, estes símbolos são muito antigos e datam do começo da civilização.
Povos antigos, ao observarem o movimento dos corpos celestes, interpretavam uma mudança correspondente nos eventos que aconteciam no planeta e começaram a formular hipóteses de que haveria uma relação de causa e efeito no deslocamento. Nisso, passaram a estudar melhor os céus para tentar prever mudanças que viriam no futuro.
Além disso, eles também associaram cada um dos corpos celestes com os deuses em que acreditavam na época, como Mercúrio, Marte e Vênus. Cada planeta, assim como o deus associado a ele, também era relacionado com um metal específico.
Ao escrever a respeito dos metais, os gregos poderiam se referir a eles pelo nome dos deuses. Apesar de existirem palavras específicas, aos poucos eles começaram a usar símbolos para “abreviar” a nomenclatura de cada um dos metais.
Abaixo, é possível ver a evolução das palavras Thouros (Marte) e Phosphorus (Vênus) e entender a lógica por trás da criação dos dois símbolos.
Os símbolos designados aos dois gêneros (o espelho de Vênus para feminino e o escudo de Marte para o masculino) surgiram inicialmente na Roma Antiga como uma alusão aos deuses. Vênus, a Afrodite dos gregos, era a divindade do amor, harmonia, beleza e empatia; enquanto Marte, ou Ares na mitologia grega, estava ligado com a guerra, agressão, força e impulsividade.
Porém, os tais signos só começaram se ser associados com masculino e feminino muitos tempo depois, sendo introduzidos na sociedade e na biologia em 1735 pelo sueco Carl Linnaeus, considerado o pai da taxonomia moderna.
Linnaeus usou os signos em uma dissertação chamada de Plantae hybridae em 1751. Na publicação, ele usou os sinais como uma maneira de economizar espaço e tempo. Foi determinado o símbolo de Marte para designar masculino, Venus para feminino e Mercúrio para hermafrodita.
Hoje em dia, em assuntos de biologia, os sinais às vezes são um pouco diferentes. O masculino é representado como quadrado, enquanto o feminino é indicado por um círculo.
A explicação para essa designação é bem mais fácil: em 1845, por conta de limitações nas técnicas de impressão, não era possível encontrar os símbolos de masculino e feminino como tipos móveis e imprimir textos com tais signos de maneira adequada. Então, Pliny Earle, um médico que trabalhava em um sanatório de Nova York, resolveu substitui-los por quadrados e círculos e solucionar o problema. Simples, não?