Possíveis explicações científicas para 3 histórias que existem na Bíblia

15/04/2016 às 12:074 min de leitura

1 – A queda das muralhas de Jericó

Presente no Velho Testamento, o relato sobre as muralhas está relacionado com Jericó, a primeira cidade a cair após os israelitas, liderados por Josué, conquistarem a terra prometida. Segundo a Bíblia, foi o próprio Deus quem orientou o hebreu depois de ele e seu povo fugirem do Egito e passarem 40 anos no deserto, e foi o Todo-Poderoso quem ajudou todo mundo a atravessar o — milagrosamente seco — rio Jordão e chegar a Jericó.

undefinedSai de baixo!

Uma vez lá, os israelitas marcharam ao redor da cidade durante seis dias com a Arca da Aliança — que era acompanhada por sete sacerdotes carregando sete cornetas de chifres de carneiro. No sétimo dia, as cornetas soaram, os israelitas gritaram o mais forte que podiam, e essa barulheira toda fez com que as muralhas ruíssem. Então, os hebreus aproveitaram a oportunidade e invadiram Jericó. Mas, será que os muros caíram mesmo no grito?

Pela fé caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias. (Hebreus 11:30)

Coincidentemente, de acordo com os geólogos, Jericó fica exatamente sobre uma fossa tectônica, ou seja, a antiga cidade bíblica foi construída sobre uma área instável e propensa a apresentar atividade sísmica. Portanto, o relato do Velho Testamento pode estar associado a um terremoto que atingiu a região bem quando os israelitas faziam o maior escarcéu junto às muralhas.

undefinedOs israelitas teriam derrubado as muralhas de Jericó no grito

Segundo Amos Nur, um geofísico da Universidade de Stanford, nos EUA, tanto o fato de o rio Jordão estar seco como a destruição de Jericó são consistentes com a ocorrência de tremores de terra na área. Aliás, se coloque no lugar dos israelitas da época, que provavelmente pensavam que os terremotos eram manifestações da ira de Deus: depois de dias de cerco ao redor da cidade, as muralhas desmoronam como que por milagre. O que você pensaria?

2 – Ressuscitação dos mortos

Quem não se lembra da história de Lázaro de Betânia, o homem que, após passar quatro dias sepultado, foi ressuscitado por Jesus Cristo — tornando-se protagonista de um dos mais famosos milagres descritos na Bíblia? Pois Lázaro não foi o único defunto que supostamente voltou ao mundo dos vivos. Na verdade, as Sagradas Escrituras trazem diversas alusões a esse tipo de fenômeno!

E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. (Mateus 27:52,53)

No entanto, será que existe alguma explicação menos “milagrosa” para esses curiosos incidentes? Se pararmos para pensar, até hoje a questão sobre como e quando exatamente um indivíduo pode ser declarado oficialmente morto é debatida pela Ciência, e muitas pessoas ainda têm verdadeiro pavor de ser mandadas para o necrotério ou enterradas vivas porque, bem, essas coisas continuam acontecendo — mesmo que esporadicamente.

undefinedRessuscitação de Lázaro

Para você ter uma ideia, no início do século 20, um britânico chamado William Tebb decidiu vasculhar a literatura médica e fazer um levantamento a respeito de casos de pessoas que foram declaradas mortas prematuramente. Ele descobriu nada menos do que 219 registros de pacientes que escaparam por pouco de ir para a cova e 149 de sujeitos que não tiveram a mesma sorte. E isso não foi tudo.

Tebb ainda encontrou 10 casos de sujeitos que começaram a ser dissecados antes de morrer, assim como dois registros de pessoas que começaram a ser embalsamadas ainda com vida! Nós aqui do Mega Curioso mesmo postamos uma matéria recentemente falando a respeito do Efeito Lázaro, um fenômeno médico que se caracteriza por pacientes que passaram por tentativas de reanimação e, depois de os esforços serem suspensos, “ressuscitaram” voluntariamente.

undefinedLázaro não foi o único

E se esse tipo de coisa ocorre mesmo com todo o conhecimento e a tecnologia dos quais dispomos atualmente, imagine há 2 mil anos então — quando o “protocolo” para determinar se alguém estava vivo ou morto consistia em, basicamente, observar e cutucar o defunto para ver se ele reagia! Seria seguro assumir que era muito mais frequente que as pessoas fossem para a cova ainda com vida do que hoje em dia, certo?

3 – Davi e Golias

Sabe a famosa passagem bíblica de Davi e o gigante Golias? O enfrentamento entre os dois aconteceu no Vale de Elá depois de 40 dias de vitórias dos filisteus sobre os israelitas. Os espertões mandavam seu maior guerreiro — o Golias — para lutar contra qualquer um que tivesse coragem de encarar o grandalhão e foram levando a melhor até que o singelo Davi entrou em cena.

Segundo a Bíblia, Golias media 2,9 metros de altura, e só a couraça de escamas e bronze que ele usava pesava 60 quilos. O guerreiro ainda vestia capacete e caneleiras de bronze e carregava um dardo pendurado nas costas cuja ponta de ferro pesava 7 quilos. Davi, por outro lado, se apresentou armado com uma atiradeira — uma espécie de estilingue — e seu cajado de pastor. O grandalhão até o provocou dizendo: "Por acaso sou um cão para que você venha contra mim com pedaços de pau?".

undefinedO cara era imenso!

O resto você já sabe: Golias se aproximou lentamente e cheio de confiança acompanhado de um ajudante, e Davi, após invocar a Deus, o venceu com uma pedrada que acertou o gigantão bem no meio da testa. O filisteu caiu de cara no chão, e o israelita terminou o “serviço” cortando a cabeça do inimigo com sua espada. Mas, será que existem razões científicas que expliquem melhor essa história?

Segundo o escritor e jornalista Malcolm Gladwell, há alguns indícios nesse episódio bíblico que sugerem que Golias podia sofrer de uma síndrome chamada acromegalia — que é provocada pela liberação anormal do hormônio de crescimento e pode causar o gigantismo quando ela se manifesta na infância ou na adolescência. Para começar, o filisteu era um gigante e, de acordo com a descrição bíblica, se aproxima do campo de batalha devagar e com a ajuda de um atendente.

Por acaso sou um cão para que você venha contra mim com pedaços de pau? (Samuel 17:43)

Pois é bastante comum que pessoas com acromegalia também tenham problemas de visão e, por esse motivo, o homenzarrão teria precisado de ajuda para se dirigir ao lugar certo. Outra evidência de que o filisteu não enxergava muito bem está na provocação que ele fez a Davi, sobre os “pedaços de pau” — quando, em realidade, o israelita empunhava apenas seu cajado. E falando em Davi, não devemos subestimar o simples pastor assim, tão depressa!

undefinedNunca subestime o poder de ninguém

O israelita tinha anos de experiência no uso da atiradeira para defender seu rebanho e, embora ela lembrasse um estilingue, não pense no objeto como um simples brinquedo! Nos tempos bíblicos, existiam unidades de artilharia que iam para as guerras armadas com atiradeiras, e um “disparo” preciso feito com a pedra certa podia ter o impacto equivalente a um tiro de calibre .45! Assim, basicamente, Golias, além de deficiente, achou que podia ganhar uma briga de pistola armado com uma espada e um dardo.

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