A curiosa história da Xerox

08/11/2024 às 06:002 min de leituraAtualizado em 08/11/2024 às 06:00

Xerox é uma daquelas palavras que, embora diga respeito ao nome de uma empresa, acabou designando um tipo específico de serviço (tal como "dar um google" ou "fazer um skype"). O termo hoje costuma ser usado para apontar a qualquer tipo de fotocópia que é possível fazer.

Esse uso corriqueiro acaba escondendo a história fascinante de uma grande instituição chamada Xerox, que se iniciou ainda nos anos 1960. Ela é cheia de reviravoltas e curiosidades que vão surpreender você.

O começo da Xerox

Chester Carlson foi quem inventou a tecnologia de xerox. (Fonte: Teetee / Reprodução)
Chester Carlson foi quem inventou a tecnologia de xerox. (Fonte: Teetee / Reprodução)

Essa história começa em 1947, com a criação do físico e inventor americano Chester Carlson. Ele inventou um método chamado eletrofotografia, ou xerografia, e resolveu vendê-lo para uma empresa chamada Haloid, que produzia papéis fotográficos. O termo escolhido por Carlson remete a origens históricas: "xerox" vem das palavras gregas “xeros”, que significa “seco”, e “graphos”, que significa “escrita”. 

O processo xerográfico funciona assim: uma placa fotocondutora funciona como se fosse o filme ou papel usado em fotografia comum. Esta placa tem um material de suporte eletricamente condutor, revestido com um material isolante fotocondutor, que se torna condutor quando exposto à luz visível, e registra uma "foto" invertida da imagem em um papel.

A nova máquina se diferenciava das que vieram antes (como mimeógrafos e fotografias) por utilizar energia elétrica e tinta seca para escanear e reproduzir qualquer coisa impressa em uma folha de papel. A Haloid logo colocou no mercado um grande equipamento chamado de XeroX Copier, que começou a ser bem aceito em escritórios.

Outro salto tecnológico ocorreu em 1955 quando a Haloid introduziu a CopyFlo, uma máquina que substituía a placa de imagem plana por um tambor, acelerando o processo de cópia. Foi nesse momento também que a empresa simplificou os termos "máquina xenográfica" e "eletrofotocopiadora" para simplesmente máquina copiadora. Em 1961, a empresa deixa o Haloid para trás e se torna apenas Xerox.

Mas mesmo com o crescimento exponencial do empreendimento, as ideias mais significativas ainda estavam por vir. Só que algumas delas acabariam frustradas, e outras vingariam.

O salto tecnológico da Xerox

(Fonte: Xerox / Reprodução)
Foi nos anos 1960 que a máquina Xerox foi conquistando os escritórios. (Fonte: Xerox / Reprodução)

Nos anos 1960, a Haloid fez uma aposta ousada, investindo em uma tecnologia cuja eficácia ainda não estava comprovada. Ela abriu o Palo Alto Research Center da Xerox, ou Xerox PARC, centro que pesquisava, além de impressoras e scanners, novidades como computadores, tecnologia ethernet para computadores em rede em residências, escritórios e data centers, além de programas de software que se poderiam se tornar fundamentais para processamento de texto e animação de imagem.

Infelizmente, a Haloid nunca conseguiu capitalizar esse novo parque. Por conta disso, ela desmembrou o Xerox PARC em 2002 e acabou doando-o a um instituto de pesquisa sem fins lucrativos chamado SRI International, no ano de 2023.

Isso não quer dizer que a importância do novo produto da Haloid não tenha sido reconhecida desde cedo. Em 1949, um artigo de Paul Ellis na revista Popular Science descreveu assim a invenção de Chester Carlson: "A nova técnica não requer sabão, tinta, pressão ou produtos químicos. Cargas de eletricidade estática fazem o trabalho, com a ajuda de pós finos". 

Mesmo com o avanço "frustrado" na área dos computadores, a Xerox seguiu evoluindo em novos processos. Depois da xerografia, veio a xeroimpressão, que era ainda mais simples, e mais adiante seria usada na impressão de jornais.

Mesmo tantas décadas depois, o curioso é que a "impressão xerox" continua sendo um dos dispositivos mais usados todos os dias – para copiar documentos, apostilas de estudantes, materiais de escritório e o que mais que a imaginação mandar. E tudo por causa de uma mente criativa que abraçou a lógica da inovação.

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