Artes/cultura
24/05/2024 às 14:00•2 min de leituraAtualizado em 24/05/2024 às 14:00
A Floresta Amazônica é o lar de inúmeras espécies animais e vegetais, sendo considerada um dos grandes pulmões do planeta. Isso porque ela apresenta uma enorme capacidade de absorver gás carbônico da atmosfera, reduzindo a poluição.
Mas essa formação também age sobre o clima muito além da sua própria extensão, por meio dos seus chamados rios voadores, que espalham corredores de umidade para outras áreas do país. O desmatamento dessa região, entretanto, é representado pelo avanço da mineração, da agricultura e do pastoreio. E seus efeitos se tornam cada vez mais visíveis e nocivos.
Como exemplo disso, nos últimos anos, as queimadas causaram grandes transtornos à população que residia no entorno da floresta, pois a fumaça acumulada no ar tornava difícil a realização das mais simples das tarefas no dia a dia. Até mesmo cidades mais distantes foram afetadas. Para crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios, era mais difícil ainda lidar com essa consequência direta do desmatamento.
Diante de períodos do ano com clima mais seco, como observado durante a atuação da La Niña, era ainda pior, e os focos de queimadas ganharam uma grande dimensão rapidamente. Até mesmo representantes de outros países e pessoas famosas e mais influentes, cientes da importância da floresta para o resto do planeta, passaram a cobrar medidas de preservação.
Os novos dados divulgados sobre o desmatamento da floresta amazônica, por sua vez, dão uma amostra de como esse quadro está mudando, embora ainda seja cedo para comemorar. Isso porque, nos últimos anos, os índices se mostram preocupantes, com aumento gradual, mas a expectativa é que esse pior cenário esteja ficando para trás.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a taxa de desmatamento na Amazônia Legal entre agosto de 2022 e julho de 2023 foi de 9.064 km². Trata-se do menor valor desde o ano de 2019, ou seja, dos últimos cinco anos.
Esse valor também é 21,8% menor em relação ao período anterior, que se estendeu entre agosto de 2021 a julho de 2022. Nesses meses, a taxa registrada foi de 11.594 km².
Em 70 cidades monitoradas por serem alvo constante de desmatamento, chegando a concentrar até 75% dessa prática nociva durante o ano de 2022, houve redução de 42% da retirada da cobertura vegetal da floresta no mesmo período analisado.
Em relação a este ano, já há indicadores que mostram como essa tendência mais favorável permanece: entre agosto de 2023 e abril de 2024, a taxa de desmatamento da floresta amazônica foi de 2.686 km². Esse número corresponde a uma redução de 55%, quando em comparação com o período anterior.
Esse trabalho de monitoramento, ao mesmo tempo que se mostra essencial para a melhor formulação de políticas direcionadas a essa região estratégica, também ressalta a importância de que toda a população acompanhe esse cenário e cobre medidas de preservação ambiental. Afinal, as mudanças climáticas já fazem parte da realidade de todos, ainda que de forma indireta, sendo essencial investir em ações para mitigar seus efeitos.