Ciência
23/06/2024 às 18:00•3 min de leituraAtualizado em 23/06/2024 às 18:00
Recentemente, o Kilauea, um dos vulcões mais ativos no planeta, localizado no estado norte-americano do Havaí, entrou em erupção novamente. Chamou a atenção que o fenômeno, de curta duração, ocorreu em uma área que não presenciava um evento do gênero desde dezembro de 1974. Mas o Kilauea não está sozinho em nosso planeta.
Como ele, espalham-se pelo mundo outros vulcões bastante ativos que provocam um misto de medo e admiração. Apesar da preocupação pelos gases e cinzas vulcânicas expelidas, que podem causar doenças respiratórias, é inevitável se deslumbrar pelas imagens de demonstração de poder da natureza.
Não há comparativos entre o Kilauea e demais vulcões na face da terra quando o assunto é atividade. Localizado no Havaí, ele é considerado por especialistas um vulcão jovem com aproximadamente 300 a 600 mil anos. Quando entra em erupção como agora, elas são do tipo efusivas, em que o magma é fluido, a liberação de gases é fácil e o derramamento de lava é abundante.
Ele é um dos cinco vulcões do tipo escudo do Havaí, aqueles que não possuem picos altos. No fim da década de 1990, o Kilauea foi definido pela comunidade científica como o mais ativo, o que o tornou um concorrido ponto turístico do arquipélago. Cerca de 2 milhões de turistas o visitam anualmente, o que levou à construção de hotéis próximo ao vulcão.
Reykjanes dá nome à península e ao sistema vulcânico situado no sudoeste da Islândia. São cerca de 30 vulcões e 700 crateras, que destacam a região por sua atividade vulcânica sob a superfície, com extensos campos de lava onde pouca ou nenhuma vegetação existe.
De acordo com geólogos, o sistema vulcânico de Reykjanes possui entre 5 e 6 quilômetros de largura. A lava na região foi datada como tendo entre 2150 e 3200 anos.
O vulcão Erta Ale fica em uma região conhecida como "Portão do Inferno", em que a temperatura média anual chega a 34 graus. O local é muito visitado por turistas, que vão até a Depressão de Danakil pelas maravilhas geológicas que encontram. Entre eles, está o Erta Ale, com seus 600 metros que guardam o maior lago de lava do mundo.
A tribo Afar habita a região e tem como parte de seus costumes as caravanas de camelos que levam sal através do deserto, trafegando pela paisagem vulcânica com fontes quentes sulfurosas, leitos de lava e depósitos de sais e minérios. O sistema do Erta Ale conta com três placas tectônicas que, ao se separarem uma da outra, fazem com que o magma suba à superfície. Ele é conhecido como "montanha fumegante" na língua Afar.
No Peru, o Sabancaya teve sua primeira erupção registrada no ano de 1695. É considerado um estratovulcão, que são aqueles com perfil íngreme e uma cratera no cume. Ele está a 5967 metros de altitude e permaneceu 200 anos adormecido. Em julho de 1986, detectaram um aumento da emissão térmica, e houve intensa atividade já em dezembro daquele ano.
A partir de 1990, o Sabancaya ficou 8 anos ativo continuamente. Ele integra a Zona Vulcânica Central dos Andes, um conjunto de três cinturões vulcânicos distintos na região. O nome deste vulcão vem do idioma quíchua e significa "língua de fogo", em uma provável referência à atividade eruptiva.
Também um estratovulcão muito ativo, o Sakurajima já foi uma ilha, até que os fluxos de lava de uma erupção histórica, em 1914, o conectaram com a Península de Osumi. O cume do vulcão, o mais ativo do Japão, possui três picos, sendo que o mais alto está a 1117 metros acima do nível do mar.
O Sakurajima faz parte do Parque Nacional Kirishima-Yaku, que recebe uma grande leva de turistas ávidos por conferir seus fluxos de lava e aproveitar os resorts de águas termais ao redor do vulcão.