Artes/cultura
20/05/2024 às 16:00•2 min de leituraAtualizado em 20/05/2024 às 16:00
Nos últimos dias, os olhos do Brasil se voltaram para o Rio Grande do Sul. O estado vem enfrentando fortes chuvas desde o final de abril, causando diversos transtornos por conta das águas que invadiram ruas e avenidas e causaram destruição em diversos pontos.
E aí, uma pergunta que pode surgir na cabeça de muitas pessoas é: como caracterizar o que a chuva é capaz de provocar em cidades e estados? Estamos diante de uma inundação, enchente ou alagamento? Caso tenha essas dúvidas, daremos as respostas para esses conceitos a seguir.
Primeiramente, é válido dizer que os três fenômenos possuem relação com os níveis de água em uma área urbana. Entretanto, cada um apresenta características próprias, como visto abaixo:
Quando falamos de uma enchente, estamos nos referindo ao aumento repentino e significativo do nível da água em um rio, córrego ou corpo d'água. Isso ocorre geralmente por conta de chuvas intensas, derretimento de neve ou outros fatores.
Enchentes são caracterizadas por um rápido acúmulo de água que pode transbordar as margens e causar danos às áreas próximas.
Já a inundação é um termo mais amplo, e pode se referir a qualquer situação em que uma área é coberta por água. Isso pode incluir não apenas enchentes, mas também a água proveniente de fontes diferentes.
Dentre os elementos que podem provocar uma inundação, temos rupturas de represas, transbordamentos de rios e tempestades costeiras. Até mesmo inundações provocadas por falhas no sistema de drenagem urbana são observadas em alguns momentos.
Por fim, o alagamento se refere especificamente à inundação de áreas que normalmente não são inundadas, como ruas, estradas, porões de edifícios e terrenos baixos.
Os alagamentos podem ocorrer como resultado direto de chuvas intensas, entupimento de sistemas de drenagem ou obstrução de escoamento natural da água.
O que estamos acompanhando no estado do Rio Grande do Sul pode ser considerado o maior desastre socioambiental já visto na região. Para se ter uma ideia, nesta semana o nível do lago Guaiba, em Porto Alegre, alcançou 5,25 metros, superando a antiga marca história registrada em 1941 (4,76 metros).
Essas alterações foram resultados de alguns fatores. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), isso aconteceu pela combinação de "baixas pressões, calor e alta umidade, juntamente com os efeitos do fenômeno El Niño".
Esses elementos, aliados à sobrecarga no sistema de drenagem não apenas do Guaíba, mas também da Lagoa dos Patos e do Rio Grande, acabaram colaborando para aumentar a intensidade do problema.