Esportes
29/03/2018 às 06:00•3 min de leitura
Parece mentira que passou tanto tempo, mas foi em março de 2003, ou seja, há 15 anos, que os EUA iniciaram sua ofensiva em Bagdá, “despejando” toneladas de bombas sobre a capital iraquiana. Até hoje as motivações e justificativas por trás da invasão causam polêmica, mas o fato é que as mentes que planejaram os ataques acreditavam que logo de cara conseguiriam desmoralizar as forças locais com suas demonstrações de poder bélico e, com isso, assegurar sua rápida rendição.
No entanto, não foi bem isso o que aconteceu. De acordo com Alan Taylor, do site The Atlantic, apesar de os norte-americanos terem conseguido depor o ditador iraquiano Saddam Hussein não muito tempo depois da invasão, as coisas não saíram como os EUA esperavam e a guerra não acabou tão rápido como eles haviam previsto...
Segundo Alan, as complicações surgiram da combinação do péssimo planejamento, da ausência de provas de que o Iraque escondia armas de destruição em massa — que, como você deve saber, foi uma das principais justificativas para a invasão —, da falta de confiança dos locais nos invasores, do surgimento de rebeliões e organização de grupos insurgentes, do afloramento da violência entre as diferentes facções religiosas, e de um sem fim de escândalos relacionados com o abuso cometido contra prisioneiros de guerra pelos militares norte-americanos.
Como saldo final temos um conflito que durou por quase nove anos e resultou na morte de mais de 150 mil pessoas. Além disso, as ofensivas causaram trilhões de dólares de prejuízo e as consequências da invasão — incrivelmente mal conduzida — são sentidas até hoje no Iraque por milhões de pessoas. Pois as imagens a seguir ajudam a contar a história dessa guerra. Confira:
George W. Bush, no dia 19 de março de 2003, anunciando para a população norte-americana que os EUA haviam atacado o Iraque
(The Atlantic/Alex Wong/Getty)
Bagdá, em 20 de março de 2003
(The Atlantic/Ramzi Haidar/AFP/Getty)
Militar norte-americano em um “campo de petróleo” em Rumayla, em março de 2003
(The Atlantic/Mario Tama/Getty)
Civis feridos durante fogo cruzado no Iraque
(The Atlantic/Damir Sagolj/Reuters)
Soldado assiste à queda de uma estátua de Hussein no centro de Bagdá, em abril de 2003
(The Atlantic/Goran Tomasevic/Reuters)
Jogo de baseball no interior de um dos palácios do ditador Saddam Hussein em Tikrit, em setembro de 2003
(The Atlantic/Arko Datta/Reuters)
Abuso de poder — final de outubro de 2003, em Tikrit
(The Atlantic/Damir Sagolj)
Imagem registrada na prisão Abu Ghraib, em Bagdá, no final de 2003
(The Atlantic/AP)
Crianças apavoradas
(The Atlantic/Damir Sagolj/Reuters)
Saddam Hussein depois de ser capturado, em dezembro de 2003
(The Atlantic/Getty)
Soldados das tropas da coalisão atacados durante protestos em 2004
(The Atlantic/Atef Hassan/Reuters)
Muito mais complicado do que imaginaram — abril de 2004
(The Atlantic/Reuters)
Soldados ajudando companheiro ferido
(The Atlantic/Cpl. Joel A. Chaverri/USMC/Reuters)
Inocentes em meio ao conflito
(The Atlantic/Ali Jasim/Reuters)
Sangue derramado, literalmente
(The Atlantic/Ali Abu Shish/Reuters)
Um dos muitos protestos contra a guerra organizados pela população norte-americana
(The Atlantic/Rick Bowmer/AP)
Saddam, durante seu julgamento
(The Atlantic/David Furst/Reuters)
Iraquianos assistem a incêndio em duto de petróleo
(The Atlantic/Yahya Ahmed/AP)
Suspeitos capturados pelos norte-americanos em Baquba, ao norte de Bagdá
(The Atlantic/Reuters)
Execução de Saddam, em dezembro de 2006
(The Atlantic/Al Iraqiya/Reuters)
Militares combatendo incêndio após explosão de morteiro
(The Atlantic/Bob Strong/Reuters)
Todos eram considerados suspeitos
(The Atlantic/Maya Alleruzzo/AP)
Sangue nas mãos
(The Atlantic/Larry Downing/Reuters)
Cemitério de Wadi al-Salaam, na cidade xiita de Najaf
(The Atlantic/Alaa al-Marjani/AP)
Tentando conter o caos
(The Atlantic/Petros Giannakouris/AP)
Raro momento de descontração
(The Atlantic/Matt Cardy/Getty)
Soldados passam diante de bustos de bronze de Hussein
(The Atlantic/Hadi Mizban/AP)
População iraquiana protesta contra a presença norte-americana no país
(The Atlantic/Mohanned Faisal/Reuters)
O conflito acabou, mas cicatrizes permanecem...
(The Atlantic/Mario Tama/Getty)