Artes/cultura
17/05/2021 às 09:00•2 min de leitura
As universidades públicas fazem parte do pilar educativo da sociedade brasileira, ofertando oportunidades para aqueles que não podem arcar com um curso superior. Além disso, grande parte das descobertas científicas no Brasil surgem dessas instituições, o que por si só já é uma prova da contribuição que elas fazem para o nosso futuro.
Entretanto, alguns mitos surgem com frequência quando esse tópico é colocado em questionamento. Conheça seis informações errôneas que são ditas sobre as universidades públicas e entenda um pouco mais sobre a realidade do ensino brasileiro!
(Fonte: Renato Pizzutto/Veja SP)
Para algumas pessoas, as universidades públicas no Brasil são espaços intelectuais distantes da realidade da sociedade. Entretanto, vale ressaltar que várias delas prestam uma série de serviços importantes que contribuem em muito para a população brasileira.
Hospitais, museus, teatros e outras atividades de extensão são apenas algumas das contribuições provenientes do ensino público. Por exemplo, somente a Universidade de São Paulo (USP) possui cinco hospitais públicos que fazem 1,5 milhão de atendimentos por ano.
(Fonte: Petrobrás/Divulgação)
Ao contrário do que muitos pensam, as universidades públicas constantemente ajudam no setor produtivo por meio de parcerias com o setor privado. Para se ter ideia, o núcleo de pesquisas tecnológicas da Petrobras fica dentro de um dos campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com a qual colabora desde 1970.
Além disso, a Escola Politécnica da USP tem uma parceria de R$ 200 milhões com a Shell para pesquisas inovadoras no setor de gás.
(Fonte: Pixabay)
Constantemente, o ensino superior público é julgado por custar muito aos cofres do governo. Porém, essa afirmação depende da correlação feita pelo interlocutor. Quando apenas dividimos o orçamento de R$ 5,5 bilhões da USP pelos seus 90 mil alunos, o ensino de fato parece caro.
E, de fato, o ensino público é mais custoso que o ensino particular. Entretanto, é preciso considerar que as universidades públicas são importantes fontes de pesquisa científica e também abrigam serviços importantes para a sociedade como os citados no primeiro tópico da lista.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Há algum tempo, um mito que diz que as universidades públicas só contam com alunos de classe alta vem se espalhando por aí. Vale ressaltar, por outro lado, que 2 a cada 3 alunos das universidades federais é proveniente de escolas públicas e possui renda familiar média de um salário mínimo e meio.
Além disso, algumas universidades reservam vagas em seus processos seletivos só para alunos do ensino público, com planejamento orçamentário para ofertar bolsas de ensino e auxílios-moradia.
(Fonte: Pixabay)
Para se ter ideia, as universidades públicas, federais e estaduais são as grandes produtoras de ciência e tecnologia no Brasil. Das 50 instituições brasileiras que mais produziram trabalhos científicos nos últimos cinco anos, 43 são universidades públicas e apenas uma é universidade privada.
(Fonte: Pixabay)
Desde 2012, a Lei de Cotas faz com que as universidades federais tenham que reservar metade das vagas aos estudantes do ensino público. Desde então, muitas pessoas já se formaram e nada evidenciou uma discrepância de desempenho entre cotistas e os demais alunos.
Por outro lado, as políticas de inclusão aumentaram a diversidade social e racial entre os estudantes e abriu portas para uma parcela da população que por muito tempo foi excluída.