Artes/cultura
14/10/2017 às 10:00•2 min de leitura
Com uma área equivalente à das regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil juntas, a Groenlândia é um país autônomo do Reino da Dinamarca, considerada a maior ilha do planeta, com incríveis 2,1 milhões de quilômetros quadrados. Seus primeiros habitantes foram os vikings, que chegaram à região por volta do século 10, e, posteriormente, os inuítes — também conhecidos como esquimós.
Em decorrência da sua proximidade do Polo Norte, os dias mais curtos do ano chegam a receber não mais do que 3 horas de luz solar — o que não impede, no entanto, que o seu longo e escuro inverno proporcione experiências fascinantes.
A Groenlândia é o lar de apenas 55 mil habitantes — sendo que 6 mil deles são oriundos de outros países. Além dos nativos e dinamarqueses, que colonizaram a ilha, há uma comunidade considerável de imigrantes vindos das Filipinas e da Tailândia.
Quando a embarcação do explorador norueguês Fridtjof Nansen chegou à região, em 1888, ele relatou que suas primeiras impressões eram uma mistura de nostalgia e melancolia: os gigantescos blocos de gelo, que emergiam da gélida água do Ártico, o remetiam às histórias fantásticas que ele ouvia na infância, porém também o deixavam pensativo em relação à morte.
Não só da pesca vivem os groenlandeses: boa parte das receitas dessa terra inóspita é advinda da mineração. No norte do país, estão localizadas grandes reservas de chumbo, minério de ferro, carvão, platina, ouro e urânio.
Se você não consegue segurar o queixo quando vê uma imagem em movimento de uma aurora boreal, provavelmente teria uma síncope caso olhasse para o céu da Groenlândia. Isso porque, em dias com pouca nebulosidade, a incrível dança das luzes pode ser apreciada na ilha em toda a sua perfeição.
A camada de gelo que cobre o território do país contém aproximadamente 7% da água doce disponível no mundo. Caso ela derretesse por completo, o nível dos oceanos poderia subir alguns metros, o que provocaria desastres naturais de impacto sem precedentes.
Os poucos povoamentos humanos da ilha ficam muito distantes entre si e, por causa do excesso de gelo e do relevo irregular, é praticamente impossível pavimentar estradas por lá. Para se locomoverem, não resta outra alternativa aos moradores locais a não ser aderir ao transporte fluvial e aéreo, além, é claro, dos tradicionais trenós puxados por cães.
Até o próximo sábado (14/10), as temperaturas da capital da Groenlândia, Nuuk, vão girar em torno dos -7 °C e 1 °C. Você encararia?