Esportes
20/10/2017 às 12:13•1 min de leitura
Onze países da África estão erguendo uma verdadeira muralha de árvores que se estende de leste a oeste e alcança 8 mil quilômetros de comprimento e 15 quilômetros de largura. A intenção do enorme cinturão verde é diminuir os impactos das mudanças climáticas, mitigar o processo de expansão do deserto do Saara e, de quebra, gerar renda para os habitantes de uma das regiões mais pobres do globo.
O Senegal, até o momento, é a nação mais empenhada no projeto: já foram plantadas mais de 11 milhões de mudas por lá. O país tem experimentado mudanças climáticas abruptas desde o início do século, com tempestades de areia jamais vistas, diminuição da chuva e avanço do deserto do Saara sobre áreas de cultivo de alimentos.
A “Grande Muralha de Árvores”, em amarelo, se estende do Senegal ao Djibouti
Os líderes dos países dessa região, conhecida como Sahel, enxergam no plantio de árvores uma forma de impedir o avanço do processo de desertificação. Antes, o vento escavava e desgastava o solo, diminuindo as já diminutas reservas de água. Agora, as raízes das árvores mantêm o elemento natural no solo, fazendo com que os poços que estavam secos voltem a encher.
O grande cinturão verde começou a ser levado a cabo em 2007 e tem custo estimado de US$ 8 bilhões — cerca de R$ 25 bilhões, na cotação atual. Mais do que erguer uma grande barreira de árvores em volta de um dos maiores desertos da Terra, o projeto beneficia a população da África subsariana com geração de empregos e a possibilidade de produzir diversas culturas de alimentos.