Estilo de vida
18/04/2018 às 08:31•2 min de leitura
Mesmo com toda nossa tecnologia e conhecimento atuais, muitas questões sobre Stonehenge ainda não possuem resposta. Uma das principais, que intrigava arqueólogos até hoje, é quanto ao deslocamento de pedras, algumas pesando mais de 50 toneladas, por uma distância aproximada de 32 quilômetros. Não teria sido mais fácil posicionar o monumento numa área mais próxima à fonte das rochas?
Um dos poucos pesquisadores que já realizaram escavações na área de Stonehenge, o arqueólogo Mike Pitts, parece ter chegado a uma conclusão sobre o motivo da localização específica do monumento.
Até os anos 70, pesquisadores acreditavam que os blocos de arenito que formam Stonehenge, chamados de sarsens, não existiam naturalmente na planície de Salisbury. Isso levou à conclusão de que todos os elementos que compõem a estrutura vieram de outra região, onde esse tipo de pedra é encontrado facilmente.
Heel Stone
As novidades se devem a duas pedras específicas, chamadas Heel Stone e Stone 16. Elas não foram esculpidas ou moldadas, portanto diferem de todos os outros elementos da formação. Além dessa característica, o alinhamento delas coincide com a posição onde o Sol nasce no Solstício de verão e se põe no Solstício de inverno.
Também existem dois buracos próximos a elas, ambos com dimensões muito maiores do que seria necessário para que servissem como encaixe para outra pedra, fazendo com que, até agora, sua finalidade seguisse indefinida.
Tudo isso levou Pitts a concluir que “algumas pedras podem ter origem no próprio local, e a Heel Stone seria uma delas. Ela teria sido retirada do grande buraco, atualmente enterrado, ao seu lado”. Coincidentemente, ao lado da Stone 16 também existe um buraco enterrado e com características semelhantes.
Os buracos, assim como as pedras, estão alinhados com a posição dos solstícios, e toda a geometria de Stonehenge pode ter sido feita com base nessa coincidência natural, segundo explicou Pitts numa edição especial do periódico British Archaeology.
Outro fato que colabora para essa hipótese é uma descoberta recente, mostrando que existem sarsens na planície de Salisbury, apesar de eles possuírem menor dimensão e aparecerem com menor frequência do que em Marlborough Downs, fonte de maior parte dos elementos utilizados na construção de Stonehenge.
Todos esses fatos contribuem para a suposição do arqueólogo, sendo uma explicação muito plausível do motivo pelo qual o local era tão importante. Segundo ele, “a combinação da estrutura de pedras, grandes ossadas de gado enterradas e dois sarsens, raros na região, e ainda sim alinhados com a posição do solstício, tornaram o local único”.
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