Ciência
18/04/2018 às 08:01•2 min de leitura
O Facebook passa atualmente pela pior crise de sua ainda jovem história, mas dificilmente vai fechar as portas de uma hora para a outra. Só que vai várias redes sociais não tiveram a mesma sorte ao longo dos anos e agora habitam um cemitério virtual de serviços descontinuados.
A seguir, conheça — ou relembre — alguns deles, e tente compreender o motivo de cada derrocada. E fica o aviso: a gente só vai falar de sites e serviços já desativados. Portanto, locais que estão completamente desertos, como o Google+ e o Ello, não serão citados.
O Friendster foi o primeiro site da internet conhecido como uma rede social. Ele saiu em 2002, antes de Facebook ou MySpace, e trazia algo inédito: você podia criar um perfil só eu e adicionar contatos que você conhecia ou não na vida real. Em poucos meses, ele conseguiu 3 milhões de usuários e virou matéria de tudo que é revista.
E ele sobreviveu especialmente na Ásia. Em 2009 foi vendido por 26 milhões de dólares por um conglomerado daquela região e dois anos demais mudou totalmente pra virar um site de jogos, já sem o conteúdo de rede social. Esse veterano foi descontinuado definitivamente em junho de 2015.
Essa é meio desconhecida! Em 2010, a Apple lançou uma rede social pra funcionar junto com a loja de músicas. É o iTunes Ping, que permitia aos usuários seguir seus artistas favoritos e ver postagens deles e de outros usuários, além de saber o que acada um tava ouvindo no momento. Dava até pra acessar a plataforma no iPhone ou iPod Touch.
Só que o serviço era cheio de spam, fakes e tinha disponibilidade limitada pra poucos países. Em setembro de 2012, ele foi encerrado.
O Formspring foi lançado em novembro de 2009 e conquistou a internet rapidinho. Ele era um sistema bem simples em que você criava um perfil e recebia perguntas de outras pessoas, tipo o curiouscat ou o ask.fm.
Em março de 2013, ele virou Springme e depois passou a ser parte de um portal chamado Twoo, mas sem o conteúdo original. O fracasso se deu por uma série de motivos. Ele era cheio de falhas de segurança, virou espaço pra cyberbullying e simplesmente caiu em desuso.
Mas falou em cyberbullying, falou de Yik Yak. Essa rede social de uso exclusivo de smartphones saiu em 2013 e virou uma febre em colégios e universidades dos Estados Unidos. Ele é basicamente um mural que é criado com base em geolocalização, reunindo usuários próximos que podem postar qualquer coisa de forma anônima em até 200 caracteres.
Nem precisa dizer que zoeiras e temas pesados como racismo e homofobia eram frequentes por lá, e o app conseguiu pouca fama internacional depois de tanta polêmica. Apesar de ter começado como uma startup de 400 milhões de dólares, ela fechou as portas em abril de 2017.
E não tinha como fechar a lista sem falar do bom, velho e saudoso Orkut. A rede social começou em 2004 fruto de um engenheiro turco da Google chamado... Orkut. A divisão por comunidade unia pessoas com gostos parecidos, os scraps e depoimentos eram ótimas formas de comunicação, você passava mais tempo montando o perfil do que escolhendo roupa pra sair de casa e novidades que vieram depois, como Colheita Feliz e BuddyPoke, conquistaram o Brasil.
O sucesso foi tanto que a sede veio pra cá em 2008. Infelizmente, ele começou a cair vertiginosamente a partir de 2011, com a ascensão do Facebook, e fechou as portas pra postagens em 30 de setembro de 2014. O arquivo com comunidades e a possibilidade de salvar fotos e informações do seu perfil também já saiu do ar, mas o brasileiro ainda não superou essa perda.