Estilo de vida
22/04/2018 às 10:00•2 min de leitura
Quarto escuro, cama confortável, cobertor quentinho e despertador devidamente desligado para acordar apenas quando o corpo quiser. Para muitos, essa é a definição perfeita de felicidade. Já para outros, dormir é puramente perda de tempo.
Ou então, "dormir é para os intelectualmente acomodados", poderiam dizer dois dos maiores cientistas contemporâneos. Supostamente, Nikola Tesla e Leonardo da Vinci seriam adeptos de uma rotina de sono chamada "The Uberman Sleepy Cycle" ou variações dela. Nesse tipo de agenda, a pessoa opta por "quebrar" o sono em vários pequenos cochilos em vez de dormir as recomendadas 7-8 horas por noite.
Mas a gente não está falando de pequenas porções de 2 ou 3 horas por período. Eles basicamente faziam vários Power Naps diversas vezes ao dia e à noite, segundo alguns relatos históricos.
De acordo com o autor Claudio Stamp, que escreveu o livro "Why We Nap" [algo como: Por que tiramos cochilos], de 1992, Tesla dormia 15 minutos a cada 4 horas, configurando um total de 1 hora e meia de sono por dia, aproximadamente.
O cientista chegou a ser repreendido em casa e na universidade. Seus professores enviaram mensagens preocupadas à família, dizendo que sua rotina era no mínimo perigosa à saúde. Mas não adiantou, ele continuou com esse costume — não é à toa que teve um verdadeiro surto aos 25 anos.
O objetivo principal dessa rotina é aumentar o tempo útil de produtividade. Com uma rotina de sono quebrado em 15 minutos a cada 4 horas, você ganha cerca de 6 horas por dia para produzir mais e mais. Em uma visão macro, a cada 67 anos de vida, você ganharia 20 anos de produtividade extra.
Nos Estados Unidos, a Sociedade Polifásica, que discute justamente o Uberman Sleep Cycle, sugere que o cronograma de sono seja com cochilos equidistantes, isto é, sempre com o mesmo intervalo de tempo entre eles.
De acordo com o site Curiosity, um estudo de 1989 publicado na revista Trabalho & Estresse mostrou que essas estratégias de sono polifásico aumentam a performance, já que é possível obter resultados inclusive melhores do que com mais tempo de sono — o que contraria diversas outras pesquisas que apontam justamente que uma boa noite de sono é essencial para o sucesso.
Se você já percebeu que se sente melhor no dia seguinte quando dorme menos do que quando dorme mais, talvez sua rotina demande menos tempo na cama. Mas cuidado! O sono é um aspecto extermamente individualizado, ou seja, cada corpo tem uma necessidade diferente, e dormir pouco também pode fazer mal à saúde. O ideal é respeitar os sinais que o próprio organismo emite quando dormimos bem, mal, pouco ou muito.