Ciência
23/05/2018 às 09:02•2 min de leitura
Montaña de Siete Colores ou the Rainbow Mountain! A 5.200 metros do mar, Vinicunca vem sendo um dos destinos turísticos em franco crescimento nos últimos anos, desde sua descoberta, em 2013.
Acredite se quiser, mas ela – ou, ao menos, o motivo pelo qual podemos vê-la – é uma das raríssimas consequências positivas do aquecimento global. Isso mesmo; até 5 anos atrás, a Montanha das Sete Cores estava provavelmente coberta de neve, segundo moradores da região, então não havia como saber como era sua superfície.
Por mais nocivos que sejam os efeitos do efeito estufa, a descoberta da montanha tem sido estimulante para a economia da região onde está localizada, em Cusco, na Cordilheira dos Andes – cidade que está também no caminho de Machu Picchu.
O turismo está acelerado por conta da movimentação para subir a montanha, gerando cerca de 500 postos de trabalho, como guias turísticos, que levam os viajantes em caminhadas e passeios a cavalo.
Produto de uma série de minerais existentes na região, a montanha fica em uma cadeia vulcânica localizada sobre as placas tectônicas de Nasca.
A impressionante mistura de cores que faz com que a terra seja praticamente listrada vem de elementos como a ferrugem de óxido de ferro, que forma o vermelho; o sulfeto de ferro, que cria o laranja e o amarelo; e o clorito, que resulta no azul-turquesa e em alguns tons de verde.
Para complementar, quando vários destes se misturam, formam outras tonalidades, tornando Vinicunca um verdadeiro espetáculo da natureza. E, embora as nuances variem de acordo com a quantidade de luz e sombras, a visão é quase sempre espetacular.
Geógrafos acreditam que ela não seja a única montanha colorida. A diferença é que as outras da região provavelmente estão com sua composição protegida por camadas de vegetação e não sofreram tanto os efeitos da erosão.
É quase como se a roupa de Vinicunca tivesse sido removida e agora ela está sem a camada que a protegia – o que, para os turistas, é um verdadeiro colírio!