Esportes
01/07/2019 às 03:00•2 min de leitura
Não adianta tentar: falsianes são fáceis de serem identificadas em qualquer lugar do mundo, principalmente quando se trata de risadas forçadas. Isso é o que aponta um novo estudo realizado em 21 culturas, com países de todo o mundo.
Nele, 884 pessoas foram entrevistadas por pesquisadores para tentar identificar padrões de riso e interpretação de risadas. O objetivo era analisar se há diferenciação entre as culturas e se as pessoas têm facilidade de reconhecer quando o riso corre solto de maneira espontânea e quando é ensaiado.
Cada participante do estudo — um intercâmbio entre diferentes universidades de vários países — era convidado a ouvir gravações de risadas reais e naturais e de risadas fake, forçadas. Em ambas as situações, quem ria nos áudios eram sempre mulheres norte-americanas em torno dos 18-20 anos, normalmente estudantes universitárias.
O resultado da análise mostrou que, apesar das variações culturais e mesmo sem estar vendo quem ria, os participantes eram capazes de identificar a diferença. Escute aqui os áudios apresentados:
Gargalhadas genuínas, segundo os pesquisadores, eram mais altas e mais agudas, o que significa que são respostas primárias e bastante emocionais, já que suas características sonoras são bem similares às vistas em casos de dor e angústia.
De acordo com os pesquisadores, essas reações são respostas que se desenvolveram junto à evolução humana muito mais cedo do que a capacidade de fingir. Não ser espontâneo e oferecer uma resposta forçada, falsa — como uma risada fingida — é uma habilidade criada junto com o discurso, segundo os especialistas.
O aspecto mais interessante desse novo estudo é que ele envolve pessoas de diferentes lugares no mundo, o que também impacta os resultados da pesquisa e a faz constrastar com outras realizadas anteriormente — o que provavelmente indica também que a multiculturalidade influencia os resultados.
Por exemplo: outra pesquisa realizada pela Universidade de Los Angeles, na Califórnia, mostrou que em um terço das vezes nós conseguimos enganar os outros com uma risada falsa. Além disso, os responsáveis por esse convencimento não são apenas a agudez do som e o volume da risada, mas também sua velocidade e a respiração.
No caso da velocidade, o coordenador do estudo — o professor de Comunicação Greg Bryant — apontou que, quanto mais rápida a risada era, mais dificilmente era apontada como falsa; por outro lado, quanto mais lenta, mais provável a indicação da falsidade!
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