Conheça a fascinante história do Zigurate de Chogha Zanbil

22/11/2018 às 09:302 min de leitura

Assim como as pirâmides se destacam como um marco da construção egípcia, os zigurates são marcos arquitetônicos da Mesopotâmia. Apesar de não existirem maiores informações a respeito dessas antiquíssimas construções, sabe-se que eram uma espécie de grande templo com vários andares, santuários dedicados aos deuses e alojamentos para os sacerdotes.

Mas Chogha Zanbil é diferente. Algo que se destaca nele é o fato de ser um dos poucos que não foram construídos na região da Mesopotâmia; ele fica na antiga cidade de Elam, no Irã, e incrivelmente consegue ser um dos maiores zigurates. Era tão importante que se tornou a capital religiosa do povo Elamita.

História fascinante

Chogha Zanbil foi construído em torno de 1250 a.C. pelo rei Untash-Napirisha, em honra ao deus Inshushinak. Porém, o zigurate não era dedicado apenas a Inshushinak; tratava-se de um complexo que até então possuía templos para outros 11 deuses menores. Inclusive, de acordo com estudiosos, Untash-Napirisha planejava que ali tivessem 22 templos, tornando-se assim um verdadeiro centro religioso.

A construção de Chogha Zanbil foi abandonada assim que Untash-Napirisha faleceu, mas ainda assim ele cresceu a ponto de se tornar uma edificação relativamente grande e suntuosa. Há uma base quadrada de 100 metros de cada lado; e, embora hoje sua altura seja em torno de 24 metros, arqueólogos estimam que ele tenha chegado aos 53 metros, tamanho relativamente bom para uma construção de mais de 3,1 mil anos e que nem chegou a ser completada.

Mas o tamanho não é o único charme de Chogha Zanbil. Sua decoração era única: havia, por exemplo, acesso por meio de um lance de escadas abobadadas, algo que não se via nos zigurates da Mesopotâmia, que possuíam escadarias externas; a fachada era coberta de terracota azul e verde vidrada; e no interior existiam mosaicos de vidro e marfim. Até as estátuas de touros e grifos alados eram envidraçadas.

Naturalmente, muitos desses adornos artísticos acabaram sendo destruídos com o tempo, especialmente depois que o rei assírio, Assurbanipal, decidiu destruir a cidade em 646 a.C. Mas em 1979 Chogha Zanbil se tornou Patrimônio Mundial da Unesco e, depois de tanta destruição, passou a receber financiamento do governo japonês para um projeto de conservação.

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