Artes/cultura
18/01/2019 às 08:00•1 min de leitura
Mao Tsé-Tung, o primeiro presidente da China, declarou que toda arte deveria ser dedicada a promover o trabalhador e o camponês. Dava início à Revolução Cultural Chinesa, que durou de 1966 a 1976, censurando os contrarrevolucionários e impondo uma produção cultural mais voltada ao estado. Assim, era comum que as pinturas emanassem imagens positivas, retratando as melhorias na área da saúde e o progresso nacional.
Também era muitíssimo comum que o próprio Mao Tsé-Tung fosse o centro das pinturas, que seguiam um padrão soviético de mostrar o líder sempre envolto em muito brilho. A cor vermelha, símbolo da revolução comunista, predominava nas artes, exaltando também as cores da bandeira da China.
Até mesmo tradicionais pinturas com a técnica guohua, que refletiam apenas paisagens do país, passaram a incorporar temas militares em suas obras. E essas obras estavam por todo lado, sendo impossível ser avesso à propaganda política exaltando o país – até mesmo em caixinhas de fósforo elas apareciam.
A Galeria William Morris, em Londres, acaba de inaugurar uma nova exposição com diversas obras de arte e cartazes de propaganda política feitos durante a Revolução Cultural Chinesa. Confira algumas das litografias em exposição: