Ciência
03/10/2019 às 15:00•4 min de leitura
Tatuagens se tornaram comuns com o tempo. Mas o que nós não sabemos é que elas podem ser usadas como instruções médicas (embora não seja recomendado), ou que algumas tintas podem causar problemas se você precisar de uma ressonância magnética, entre outros fatos estranhos.
Confira abaixo uma lista de sete curiosidades bizarras que envolvem o mundo da tatuagem:
Torcedores fanáticos eternizam sua paixão na pele ao desenhar bandeiras, escudos e jogadores. Mas neste ano, um torcedor do River Plate, da Argentina, escolheu uma tatuagem peculiar para demonstrar seu amor: um QR code que levava a um vídeo no YouTube com imagens que glorificavam do seu clube do coração. Mas ele cometeu o erro de compartilhar sua tatuagem na internet. Quando os torcedores de um time rival viram a postagem, eles se reuniram para denunciar o vídeo, alegando que ele estava violando várias leis de direitos autorais. Embora isso não fosse verdade, o YouTube removeu o vídeo — e tornou inútil a tatuagem do torcedor argentino.
(Fonte: Divulgação/Listverse)
Em 2017, quando uma paciente não identificada descobriu um nódulo em cada axila, ela ficou preocupada. Era um sintoma clássico de um tipo de câncer chamado linfoma. A mulher australiana foi submetida a uma cirurgia para remover uma amostra para análise. Antes, a equipe médica havia notado que a paciente de 30 anos não apresentava outros sintomas de linfoma, como sudorese, perda de peso ou coceira.
Quando eles examinaram o linfonodo, ficou claro o porquê. Não era câncer. Em vez disso, uma reação semelhante foi desencadeada por uma tatuagem feita há 15 anos. O nódulo estava cheio de células imunológicas que consumiam os pigmentos pretos como se fossem uma ameaça. Vários casos anteriores a este também registraram a ligação entre tatuagens, falso linfoma e o melanoma.
(Fonte: Divulgação/Pixabay)
Em 2017, um homem de 70 anos deixou sua casa de repouso, ficou bêbado e desmaiou nas ruas de Miami. Ele foi levado às pressas para a sala de emergência do Jackson Memorial Hospital, onde os médicos descobriram no peito do paciente as palavras "Não ressuscitar". O "não" foi sublinhado para dar ênfase e uma assinatura próxima acrescentou mais gravidade ao pedido. Como o homem estava em estado crítico, a tatuagem causou preocupação.
Os médicos não sabiam quão legal era esse pedido e se deveriam atendê-lo. O homem estava inconsciente, não tinha identificação e não havia amigos ou familiares que pudessem confirmar a informação. A mensagem parecia bem clara, porém, alguns anos atrás outro homem que tinha a mesma tatuagem disse aos médicos que queria ser salvo. Ele tinha sido forçado a tatuar a mensagem após perder uma aposta no poker.
Temendo a mesma situação, a equipe médica decidiu seguir em frente e mantê-lo vivo. Nas horas seguintes, o caso foi analisado e os médicos conversaram com um consultor de ética, que os aconselhou a honrar a tatuagem do paciente, que morreu na manhã seguinte. A documentação do homem foi encontrada e confirmou seus desejos de morrer. No entanto, apesar de os médicos agirem de acordo com os desejos do paciente, os especialistas em ética não incentivam esse tipo de tatuagem, já que não substituem adequadamente os documentos oficiais.
(Fonte: Divulgação/Listverse)
Objetos metálicos não são permitidos dentro de uma máquina de ressonância magnética já que o dispositivo funciona com ímãs. Por esse motivo, os pacientes devem retirar joias, acessórios, óculos e até roupas íntimas que contenham metal. Já as pessoas com tatuagens enfrentam um risco raro, mas sério, já que alguns corantes contêm metais, o que pode causar irritação na pele.
Um incidente particularmente doloroso ocorreu quando uma mulher entrou em uma máquina de ressonância magnética e saiu com queimaduras de primeiro grau nas pálpebras. Ela tinha maquiagem permanente nos olhos. Os pesquisadores rastrearam os fabricantes da tinta usada neste caso. Eles admitiram que o corante contava com vários metais pesados, mas nenhum óxido férrico.
O óxido férrico é o suspeito de fazer com que as tatuagens esquentem, causando queimaduras. No entanto, como a tinta para tatuagem não é regulamentada pela agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, a FDA, o fabricante pode ter omitido a presença de ingredientes agressivos.
(Fonte: Divulgação/Pixabay)
Por que não usar tatuagens nas asas de um gafanhoto para orientar o inseto para encontrar explosivos? O Escritório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos não acha a ideia tão absurda quanto parece. Em 2016, o departamento deu aos cientistas US$ 750 mil — o equivalente a mais de R$ 3 milhões — para pesquisar a tecnologia.
A tatuagem não é do tipo tradicional, e sim feita de seda biocompatível, atuando como condutora de calor. Quando as tatuagens esquentam nas asas do inseto, isso ajuda a direcioná-lo para o local desejado — como um local remoto ou que contenha bombas. Além disso, nenhum sensor artificial se iguala à capacidade do inseto de detectar um aroma específico entre outros cheiros.
(Fonte: Divulgação/Listverse)
As tatuagens não são mundialmente aceitas. Em Teerã, capital do Irã, um tatuador deve manter seu trabalho em segredo. Não são raros os casos em que o tatuador, quando descoberto pelo governo, é punido. A sentença varia, mas as escolhas populares incluem chicotadas, multas ou prisão. Os locais públicos também estampam mensagens como "se você tem uma tatuagem, não é bem-vindo aqui". Apesar disso, Teerã tem muitos tatuadores e clientes. Para muitos, fazer uma tatuagem é uma forma de resistência contra uma cultura sufocante, onde a autoexpressão não é incentivada.
(Fonte: Divulgação/Pixabay)
Um em cada cinco americanos tem pelo menos uma tatuagem. A indústria de tatuagens nos Estados Unidos cresce cada vez mais, estimulando o surgimento de subprodutos. Mas nos últimos anos, uma moda estranha surgiu no universo das tatuagens. Trata-se do Save My Ink, um serviço que permite que as pessoas emoldurem suas tatuagens após a morte e as entreguem a alguém. Funciona assim: depois que o cliente morre, a empresa envia um kit para a funerária que contém tudo o que a equipe precisa para remover as tatuagens. A funerária envia o material à Associação Nacional para a Preservação da Arte da Pele (NAPSA), que preserva e enquadra as tatuagens antes de entregá-las aos entes queridos do falecido.
(Fonte: Divulgação/Listverse)