Artes/cultura
21/01/2020 às 10:00•2 min de leitura
O presidente eleito do Uruguai Luis Lacalle Pou quer capacitar o país para atrair famílias de diferentes partes do mundo que escolhem seu país como um lugar para morar. Ele anunciou que vai procurar relaxar uma série de regras relacionadas à residência legal e fiscal para estrangeiros.
Mas, acima de tudo, ele disse que durante seu mandato "regras claras do jogo" serão mantidas para que investidores e famílias que escolhem o Uruguai possam fazê-lo com tranquilidade e segurança.
O futuro chefe de estado do Uruguai também afirmou: “A palavra crise é um contexto bastante elástico, mas para mim a crise que o mundo está passando é uma crise de confiança. Em qualquer equação econômica, se a confiança não estiver presente, o negócio cai”. Portanto, como prometido na campanha, ele disse que vai trabalhar para melhorar a segurança pública como um suporte central da coexistência pacífica no país. Para ele, esse ponto é essencial para atrair investidores e famílias.
Lacalle Pou disse também que “o Uruguai, por diferentes razões, tem a possibilidade de se tornar um local de chegada, não apenas para os vizinhos do Mercosul, mas para o mundo. E aí temos algumas coisas a fazer”.
Atualmente, os estrangeiros que desejam viver no Uruguai precisam investir aproximadamente US$ 1,8 milhões de dólares (R$ 7,5 milhões de reais) em um negócio ou propriedade dentro do país, e também precisam passar no mínimo seis meses continuos lá. De acordo com Germano Cardoso, futuro ministro do turismo, esses requisitos dificultam a escolha do país por estrangeiros e, por este motivo, o novo governo pretende baixar esse valor em investimento para US$ 500 mil dólares.
Cardoso afirmou que "as regras atuais dificultam que possamos atrair mais moradores. O que queremos é flexibilizar, sem ferir princípios internacionais e com regras claras, aqui no Uruguai temos a característica de respeitar as normas, mesmo com mudanças de linha ideológica no governo. O que queremos é flexibilizar para que mais habitantes venham. Será bom para o Uruguai, será bom para a economia e será bom para quem vier."
Esta proposta do presidente eleito não visa apenas o aumento da população do país, que hoje é de 3,5 milhões de habitantes, mas também da melhora econômica com a entrada de mais pessoas e a consequente circulação de mais capital.
O futuro ministro também afirmou que assim que o novo presidente tomar posse em 1° de março, o governo pretende enviar projetos de leis com pedidos para tramitação em regime de urgênica, que facilitarão a moradia de estrangeiros no Uruguai a partir de analises mais simpleficadas, como a matrícula de filhos em escolas e universidades.