Você sabia que o tricô já foi usado para espionagem?

Normalmente, o tricô é um hobby considerado relaxante e caseiro. Mas você sabia que ele já foi usado para espionagem? Entre números e frases, os padrões intricados do tricô podem esconder muitas coisas além da temática para a qual ele foi concebido.

De acordo com o PopSci, suéteres e cachecóis tricotados já foram utilizados por espiões em guerras. As possibilidades de codificações são variadas e são um lembrete de como a criatividade pode fazer a diferença em momentos cruciais. 

A espionagem por trás do tricô 

Tempos de guerra são sempre difíceis, mas quem suspeitaria de uma mulher tricotando tranquilamente na janela de casa? Essa atividade aparentemente inofensiva foi útil para que essas espiãs incluíssem informações estratégicas — como a chegada e saída de soldados, por exemplo — dentro do sistema binário de pontos do tricô, do qual se podia extrair um código. 

Na Bélgica ocupada pela Alemanha, durante a Primeira Guerra Mundial, mulheres usavam os buracos dos suéteres para passar informações sobre a frequência da passagem de trens às forças da resistência. 

Por outro lado, agentes da Alemanha que viviam no Reino Unido codificavam informações estratégicas em fios por meio de nós, em um sistema parecido com o código Morse. O fio era, então, tricotado em uma vestimenta para que as autoridades alemãs pudessem decodificá-la mais tarde. 

Como passar uma mensagem por meio do tricô 

Quando se trata do padrão de tricô, há inúmeras possibilidades de combinar palavras, números ou frases para emitir uma mensagem. 

Por exemplo, você poderia incluir uma frase no tricô ao converter cada letra para um número de dois dígitos. Se cada número representar uma das 26 letras do alfabeto, você já terá um código pronto para tricotar. 

De acordo com o exemplo do PopSci, a frase I Love DIY (em referência ao processo DIY, que significa “faça você mesmo”) poderia ser traduzida para o número 0912152205040925. Isso se considerarmos que a letra “a” representa 01 e “z” representa 26. 

Se a tecnologia de hoje permite pensar em novas formas de passar mensagens criptografadas, é bom lembrar que essa atividade ainda é uma ferramenta analógica muito útil para elaborar códigos variados.