Ciência
19/03/2021 às 10:00•2 min de leitura
Há três anos, uma adolescente de Glasgow, na Escócia, implorou aos seus pais que lhe comprassem um pet para lhe fazer companhia. Após pesquisar no Instagram, decidiu por um microporco, nome utilizado para definir pequenas raças de porcos domésticos como os vietnamitas barrigudos. Porém, uma surpresa a aguardava.
Fonte: Katielee Arrowsmith/Reprodução
A família achou justo o pedido, e juntos rumaram até a Inglaterra, para comprar o tão sonhado porquinho. Porém, o que eles não sabiam, e só descobriram depois, da pior maneira possível, é que comerciantes inescrupulosos vendem o animal como se fosse um microporco (ao preço de £ 800, ou R$ 6 mil) mas entregam na verdade um leitãozinho de uma raça comum cujo preço varia entre £ 25 e £ 40 (R$ 200 a R$ 300).
Com três meses, o sonho da garota de Glasgow se transformou em pesadelo, quando Francisco começou a crescer de forma acelerada (hoje ele tem 1,2 metro e pesa 130 quilos). Depois que o microporco crescido começou a devorar todos os móveis da casa, ele foi para um cercadinho no jardim e, dentro de casa, só podia ficar no quarto de sua dona de 15 anos. Esta resolveu então transferir Francisco para um santuário de animais.
O Tribe Sanctuary, para onde Francisco foi levado, fica em Carluke, na comunidade de South Lanarkshire, a apenas uma hora de Edimburgo, a capital da Escócia, onde moram os fundadores do santuário, Morag e seu marido John Ryan, que mantêm quatro microporcos “problemáticos” sob seus cuidados, juntos com uma centena de animais.
Quando Francisco chegou, durante uma nevasca, ele tinha três meses e estava acostumado a dormir no quarto da garota. Por isso, Morag decidiu levá-lo para sua casa em Edimburgo. Quando chegou ao quintal, à noite, Francisco começou a chorar, pois, como ele tem pernas curtas, sua barriga encostava na neve. Ele correu para dentro de casa, e os proprietários deixaram que ele ficasse na sala de estar, em um cobertor.
Fonte: Katielee Arrowsmith/Reprodução
Morag conta que os porcos são mais espertos do que cães e mais fáceis de treinar. Francisco hoje dorme em um futon no quarto de hóspedes junto com os quatro cães do casal, muitas vezes coladinho com eles.