Ciência
01/04/2021 às 06:00•2 min de leitura
Um incêndio de grandes proporções, iniciado às 12h45 na segunda-feira (29), ocorreu em uma das maiores refinarias de petróleo da Indonésia, a Balongan, operada pela empresa estatal de petróleo e gás PT Pertamina, na ilha de Java Ocidental. A ocorrência gerou labaredas imponentes e densas nuvens escuras de fumaça tóxica. Um raio pode ter iniciado o incêndio e a explosão.
De acordo com a BBC, pelo menos 20 pessoas ficaram feridas, cinco delas internadas em UTIs com graves queimaduras. Cerca de 950 que moram nas proximidades foram evacuadas de suas casas, depois que o incêndio começou em um tanque de armazenamento, e se espalhou depois para outros contêineres. Há três pessoas desaparecidas e uma faleceu de ataque cardíaco, durante o incêndio.
Fonte: Agus Sipur/AFP/Reprodução
Segundo a agência Reuters, a Balongan tem uma capacidade diária de processamento de 125 mil barris de petróleo bruto, a maior parte enviada diretamente para a capital Jacarta, que fica 225 quilômetros a oeste.
Os bombeiros só conseguiram conter o incêndio em quatro das 72 unidades de armazenamento de gasolina no local, para impedir que o incêndio se propagasse por toda a instalação. No entanto, o fogo continuou queimando e produzindo densas nuvens de fumaça negra.
Fonte: NHST Global/Reprodução
A diretora-presidente da Pertamina, Nicke Widyawati, explicou que, para evitar que incêndio se espalhasse, foi determinada a paralisação das operações. Em um comunicado, a empresa declara que "a causa do incêndio não é conhecida com certeza, mas no momento do incidente estava chovendo forte, com ocorrência de relâmpagos".
A polícia de Java Ocidental pensa diferente. Para o chefe Ahmad Dofiri, a informação inicial é de que havia um derramamento de óleo na usina, afirmou à Reuters. Para ele, "enquanto o vazamento estava sendo resolvido, o raio caiu". Depoimentos dos moradores evacuados parece confirmar a hipótese de vazamento de óleo atingido por um raio.
No canal de notícias Metro TV, uma local identificada como Susi afirmou que os moradores sentiram um forte cheiro combustível a princípio. "Tão forte que o meu nariz doeu", disse ela. Logo depois se lembra de ter visto relâmpagos fortes e de repente o céu ficou todo alaranjado.
Segundo o jornal The Guardian, o grupo ambientalista Greenpeace pediu uma investigação minuciosa sobre o acidente. A organização afirma que esse tipo de incidentes perigosos têm aumentado muito nas indústrias de combustíveis fósseis.