Ciência
21/07/2021 às 08:00•2 min de leitura
Atualmente, existem apenas 25 dirigíveis em todo o mundo e apenas metade ainda está em uso. Por isso, se você avistar algum no céu, sinta-se um sortudo.
No Brasil, existe apenas um dirigível regulamentado para voar. O modelo utilizado pelo piloto Feodor Nenov permite um voo semelhante ao que o inventor brasileiro Santos Dumont fez nos céus da França em 1898.
Essa tecnologia foi um sucesso durante um tempo, mas logo depois o seu uso passou a perder destaque e, hoje em dia, o que já foi considerado um meio de transporte se tornou um item de museu. Mas o que aconteceu para que o dirigível fosse aposentado?
Os dirigíveis são aeronaves mais leves que o ar que operam a partir de um gás de elevação menos denso que o ar circundante, como hélio ou hidrogênio, mantendo-os no ar. Existem três tipos de dirigível e o tipo não rígido é o que as pessoas comumente chamam de dirigíveis. O primeiro dirigível foi criado em 1852 e seu declínio ocorreu em 1937.
Em 24 de setembro de 1852 em Paris, ocorreu o primeiro voo de um balão dirigível. O criador foi Jules Henri Giffard e fez essa demonstração voando de Paris para Élancourt. (Fonte: Pixabay/Reprodução)
Durante esse período, eles eram utilizados como meio de transporte para passageiros pagantes, também foram utilizados durante a Segunda Guerra Mundial para vigilância e mais recentemente eram utilizados para publicidade.
Em 1937, os dirigíveis já estavam obsoletos por causa da tecnologia dos aviões e helicópteros, e da popularização destes como meio de transporte. Assim, manter os dirigíveis funcionando não era viável economicamente.
Para se ter uma ideia o maior dirigível de todos, Hindenburg, precisava de 60 tripulantes para atender 72 passageiros, tinha 245 metros de comprimento e atingia a velocidade máxima de 135 km/h. O declínio do uso dos dirigíveis ocorreu com uma série de acidentes, e o ápice foi quando este dirigível alemão pegou fogo ao pousar em Nova Jersey, matando 35 pessoas.
Em 1925, a Goodyear Tire & Rubber Company começou a construir dirigíveis para fins publicitários. (Fonte: Pixabay/Reprodução)
Além dos riscos do transporte e a vagarosidade, o custo para construir um modelo e mantê-lo no ar é muito grande. Os dirigíveis precisam de uma grande quantidade de hélio, que pode custar US$ 100 mil por viagem.
Outro ponto é que poucas pessoas são capazes de operar um dirigível. Nos Estados Unidos, por exemplo, existem apenas 128 pessoas aptas a pilotar esse tipo de aeronave. Por fim, atualmente, os drones já conseguem tirar fotos e captar imagens de cima, que eram feitas pelos dirigíveis no passado.