Artes/cultura
23/07/2021 às 08:00•2 min de leitura
Todos os eventos esportivos de grande porte precisam de uma mascote: um simpático personagem que simboliza os jogos e que será estampado em milhões de produtos para venda, é claro. Com as Olimpíadas de Tóquio não haveria de ser diferente, então conheça as mascotes Miraitowa e Someity.
Olympics/Reprodução
O personagem azul é Miraitowa, a mascote dos Jogos Olímpicos. O desenho segue o padrão xadrez azul-escuro do logotipo "Tokyo 2020" — que, por sua vez, foi criado para simbolizar o misto de respeito às tradições e à modernidade do Japão.
O nome é uma combinação das palavras japonesas "mirai", que significa futuro, e "towa", que quer dizer eternidade. De acordo com a organização, a personalidade de Miratowa representa o provérbio japonês "aprenda com o passado e desenvolva novas ideias".
Imagem: Olympics/Reprodução
Já a personagem cor-de-rosa ao lado é Someity, a outra mascote dos Jogos Paralímpicos. Ela também segue o padrão xadrez da logo, mas tem outra cor e esse nome para simbolizar as cerejeiras tão comuns no Japão — someiyoshino é uma espécie dessa árvore.
Someity também tem um duplo sentido com a frase em inglês so mighty ou "tão poderosa, em português. Ela tem uma capa para voar e flores de cerejeira nos lados do rosto, que lhe dão superpoderes.
Essas mascotes foram escolhidas depois que mais de 2 mil propostas foram enviadas para o comitê organizador e três chegaram a uma disputa final. Quem decidiu a parada foram as crianças japonesas, que votaram na dupla Miraitowa e Someity.
Imagem: Olympics/Reprodução
A primeira mascote olímpica foi um cachorrinho de verdade, Smoky, que nasceu na Vila Olímpica antes dos Jogos Olímpicos de Los Angeles de 1932 e foi adotado pelos atletas. Dito isso, o primeiro personagem criado para ser associado às Olimpíadas foi Waldi, mascote de Munique em 1972. Um cachorrinho daschund (salsicha), Waldi representou três características que os atletas devem ter: resistência, tenacidade e agilidade.
As mascotes das Olimpíadas se tornaram mais importantes depois do ursinho Misha, que ganhou desenhos animados e teve grande presença nas cerimônias dos jogos de Moscou em 1980. A cena de Misha chorando na cerimônia de encerramento é antológica.
Desde então, águias (Los Angeles, em 1984), tigres (Seul, em 1988), cachorros (Barcelona, em 1992), ornitorrincos (Sydney, em 2000) e crianças (Atenas, em 2004) serviram de inspiração para as mascotes das Olimpíadas. A mascote dos jogos de Londres, em 2012, talvez tenha sido a mais estranha, pois Wenlock era uma gota de ferro com uma câmera como olho. Já as mascotes da Rio 2016 eram bem legais: Vinícius era um animal híbrido que representava a variedade da fauna brasileira; enquanto Tom, a mascote paralímpica, era uma planta que representava a flora.
Imagem: EBC/Reprodução