Artes/cultura
03/08/2021 às 07:30•2 min de leitura
Com as Olimpíadas de Tóquio ocorrendo, várias vezes ouvimos e lemos os jornalistas dizendo que um atleta quebrou um recorde olímpico. Mas um recordista olímpico é um recordista mundial? Em modalidades como ginástica, atletismo e natação, existem duas possibilidades de recorde: olímpico e mundial.
Nas Olimpíadas de Tóquio, competem atletas em 46 modalidades, mas cada esporte tem federações independentes. Assim, essas federações realizam os próprios campeonatos nacionais e mundiais, a cada 2 anos ou a cada 4 anos, com calendário e inscrições independentes.
Já as Olimpíadas são organizadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e, normalmente, ocorrem a cada 4 anos, com calendários previamente organizados e países selecionados, como ocorreu recentemente com Brisbane, na Austrália, que foi escolhida para sediar as Olimpíadas de 2032.
O norte-americano Bob Beamon é o dono do recorde olímpico mais antigo da história, que aconteceu no México, em 1968, com o atleta alcançando 8,90 m no salto com distância.
Assim, em modalidades como ginástica, atletismo e natação, há dois conjuntos de recordes: o recorde olímpico, que só pode ser batido em Olimpíadas, e o recorde mundial, que pode ser quebrado em seus campeonatos oficiais.
Por exemplo, Cesar Cielo, nadador brasileiro, era dono dos recordes mundial e olímpico nos 50 metros livres. Nesta Olimpíada, o norte-americano Caeleb Dressel quebrou o recorde olímpico com 21s07, batendo a marca anterior de Cielo, de 21s30, que durava desde os Jogos de Pequim em 2008. Porém, em 18 de dezembro de 2009, Cielo fez 20s91 durante o Campeonato Brasileiro Sênior de Natação, mantendo até hoje o recorde mundial.
Cesar Cielo, nadador brasileiro, é o atual recordista mundial dos 50 m livres. (Fonte: Flavio Roberto/CNMD)
Há casos em que o recorde olímpico pode ser o mundial, pois este pode ter sido feito em uma Olimpíada. Mas, exceto nessa situação, cada recorde ocorre em uma esfera de competição.
Vale ressaltar que nem sempre é possível ser dono de ambos os recordes, pois os padrões estabelecidos, como profundidade da piscina ou superfície da pista podem ser diferentes em cada competição.
Mas, para grau de comparação, certamente, é mais “fácil” bater um recorde mundial do que olímpico, pois há mais oportunidades em triunfar nessas competições que ocorrem com uma periodicidade menor ou com formas de classificação mais tranquilas que nas Olimpíadas.