Artes/cultura
26/03/2022 às 09:00•3 min de leitura
Esse é um dos poucos assuntos em que cabem dois ditados populares muito conhecidos: "todo mundo tem algum tipo de esqueleto no armário" e "a grama do vizinho é sempre mais verde". Ainda que tenhamos algo a esconder, a tentativa de evitar que segredos venham à tona sempre será de grande evidência, principalmente se a pessoa for alguém famoso.
Afinal de contas, no mundo de hoje, em que uma simples viagem de uma celebridade se torna alvo de sites de fofoca, a crítica, a condenação e o julgamento da sociedade adquire um "sabor mais gostoso". No entanto, por vezes, pode chocar as pessoas que não esperam daquele conhecido do mundo dos famosos que tenha algo tão sórdido ou peculiar a esconder.
(Fonte: FPG/Getty Images)
Um dos maiores escritores de todos os tempos, Dickens é um dos exemplos de que nem todo mundo é o que parece ser. Sua fama foi responsável por mostrar um homem legal por trás do gênio das palavras, um grande crítico social que defendia os pobres e os menos favorecidos, emprestando dinheiro para muitas causas sociais e reformistas da Londres do século XIX, que tentava a todo custo manter o proletário sob os pés dos ricos.
Além disso, Dickens construiu uma imagem modelo da retidão vitoriana, e o que as mulheres deveriam esperar de um homem. Porém, em sua vida privada, ele não apenas traiu sua esposa, Catherine Dickens, como fez isso com suas cunhadas.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O nome mais famoso e amado do cinema mudo, responsável por revolucionar a atuação e o gênero comédia, Chaplin tinha um lado perturbador que ia muito além de qualquer erro ou comportamento humano.
Chaplin era um pervertido e predador sexual. Nos bastidores da indústria, ele perseguiu jovens tão absurdamente novas a ponto de o governo dos Estados Unidos deportá-lo pelo escândalo de seus atos.
Se hoje é conhecido o termo “teste do sofá”, é porque o ator inglês o originou ao fazer aspirantes a atrizes ficarem em poses tão sugestivas até que estivessem nuas diante dele, ou quase, durante as audições — o que era o suficiente para que as atacasse.
Mas não para por aí. Chaplin tinha uma espécie de fetiche bizarro por tortas, o que se tornou algo perfeito combinado com a misoginia que ele nutria. Após conseguir fazer que atrizes se despissem durante audições, ele as colocava nuas contra uma parede e jogava tortas nelas por puro prazer — e se excitava sexualmente com isso.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Você pode não conhecer por nome, mas certamente já leu um de seus romances, que incluem A Pequena Sereia e O Patinho Feio, ambos clássicos da literatura mundial.
O autor dinamarquês Christian Andersen, famoso por ser um contador de fadas nato, marcou a infância de várias gerações pelo mundo, quase como uma espécie de compensação pela dele ter sido muito infeliz.
Não é para menos que ele baseou seu livro O Patinho Feio nas próprias experiências da infância, quando sua mãe o enviou para trabalhar em uma usina local a fim de ajudar nas despesas de casa. Sua feiura infantil o tornou alvo de todos os tipos de situação vexatória e provocação de seus colegas.
Mas, apesar de todo seu brilhantismo, quando Andersen não estava escrevendo seus contos, ele estava se masturbando excessivamente. É curioso — para não dizer perturbador — o tato que ele tinha para se comunicar com crianças, mesmo tendo essa tendência. Ele gostava de conversar com prostitutas para se excitar, correr para casa dele e se tocar por horas.
Além disso, o escritor gostava de manter registros de suas sessões, descrevendo tudo em um diário. Muito provavelmente, o celibato e a carência sentimental tenham contribuído para esse comportamento, ainda mais porque Andersen costumava se apaixonar muito facilmente, tanto por mulheres quanto por homens, que não correspondiam aos seus sentimentos.
Pode ser que o excesso de sua aptidão sexual tenha a ver com o quanto ele prosperou na rejeição, do início de sua vida até o fim, em 4 de agosto de 1875.