Artes/cultura
15/05/2022 às 13:00•2 min de leitura
Ficar preso no trânsito é simplesmente insuportável. Tudo o que você quer é chegar ao seu destino final, porém um amontoado de carros está entre você e o seu objetivo. Você passa horas preso dentro do seu veículo procurando por explicações, sem entender qual o motivo de tudo estar parado.
É comum olharmos para todos os cantos em busca de um acidente ou outro tipo de fenômeno que tenha causado tamanho engarrafamento, mas você não encontra absolutamente nada. Logo, podemos deduzir que estamos no meio de um "engarrafamento fantasma". E de onde surge esse tipo de paralisação no trânsito? Entenda!
(Fonte: Shutterstock)
Principalmente nos dias atuais, que temos cada vez mais carros nas ruas, engarrafamentos são bem comuns. Seja por acidentes em alta velocidade ou em velocidade moderada, construções nas estradas ou qualquer outro tipo de fenômeno que faça os carros pararem.
Porém, o fato de existirem mais motoristas por aí não é o maior problema de todos, mas sim o fato de que simplesmente não existem estradas suficientes para atender essa demanda. Por esse motivo, cerca de 50% de todo tipo de lentidão diária no trânsito são causadas por interrupções temporárias no fluxo de tráfego.
Isso pode significar um acidente de trânsito travando uma das vias, uma zona de construção que criou um gargalo ou condições climáticas, como a chuva forte, fazendo os motoristas andarem mais devagar. Esses são os tipos de desaceleração consideradas imprevisíveis, porém facilmente identificáveis.
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A outra metade das lentidões existentes no trânsito são causadas pelo congestionamento recorrente. E o que isso quer dizer? Quando muitos veículos entram em uma via ao mesmo tempo — a famosa "hora do rush" —, a lentidão se torna um processo natural dos modelos de estrada e são bem mais previsíveis.
Esse trânsito iminente ocorre normalmente no horário em que estamos indo para o trabalho ou saindo deles. O grande motivo por trás disso é porque nós temos rotinas semelhantes aos dos outros motoristas na estrada, o que causa um fluxo muito maior do que o normal de veículos em partes específicas do dia.
Um congestionamento fantasma — ou aquele que não encontramos uma origem — começa quando um carro diminui a velocidade, mesmo que ligeiramente, e provoca um efeito dominó nos veículos de trás. Essa ação de desaceleração se espalha pela pista como uma onda, piorando cada vez mais conforme progride.
(Fonte: Shutterstock)
Como forma de corrigir esse trânsito corriqueiro, pesquisadores têm buscado soluções que possam melhorar a mobilidade urbana das cidades. Em um mundo ideal, a melhor forma de lidar com esse engarrafamento seria criar um espaçamento igualitário entre os carros da frente e os carros de trás de um determinado veículo.
Segundo os estudiosos do Massachusetts Institute of Technology (MIT), esse sucesso no controle de tráfego poderia ser alcançado por meio de simples ajustes no controle de cruzeiro adaptativo (CCA), disponibilizados nos recentes carros autônomos. Isso criaria uma constante nas pistas sem fazer com que carros mudassem de velocidade constantemente.
Outra estratégia bastante utilizada por cidades modernas é reduzir o limite de velocidade em regiões centrais. Por mais que a maioria da população pense que o problema do trânsito seja a falta de velocidade dos carros, determinar um máximo de 30 ou 40 km/h pode ser determinante para diminuir acidentes e a disparidade de velocidades que iniciam um congestionamento.