Estilo de vida
22/10/2022 às 11:00•2 min de leitura
Desde que o Qatar foi anunciado como o país que sediaria a Copa do Mundo de 2022, muita polêmica esteve envolvida no mundo do futebol. Em 2015, por exemplo, promotores federais suíços abriram uma investigação sobre corrupção e lavagem de dinheiro nas eleições dos países-sede das edições de 2018 e 2022 do maior torneio esportivo do mundo.
Alegações de que os estádios estavam sendo construídos com trabalho análogo à escravidão também foram assunto de bastante relevância na imprensa internacional. Porém, a situação não para por aí: os fãs, e até mesmo os funcionários da imprensa, que comparecerem ao evento terão que seguir uma série de regras inusitadas dentro do país. Entenda a situação!
(Fonte: Shutterstock)
Se a Copa do Mundo sempre foi vista como um evento para os grandes foliões, quem decidir viajar ao Qatar precisará se controlar. Em primeiro lugar, está estritamente proibido levar bebidas alcoólicas para dentro do país e somente os residentes podem comprar álcool de lojas especializadas para consumo doméstico.
Isso significa que os turistas não poderão tomar uma cerveja gelada? Na realidade, o álcool será servido em alguns restaurantes licenciados e em muitos hotéis ao redor do país. Torcedores que estiverem dentro da "FIFA Fan Fest" também poderão comprar bebidas alcoólicas em determinados horários. Por outro lado, o consumo desses líquidos fora de espaços oficiais está proibido pela organização do Qatar.
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Para quem deseja visitar o Qatar, a vacina contra a Covid-19 não é obrigatória. Porém, qualquer pessoa que pretende participar da Copa do Mundo de 2022 e tiver mais de seis anos deve apresentar um teste negativo na chegada do aeroporto e antes da partida. O resultado dos testes PCR não devem ter mais de 48 horas anteriores ao evento e testes rápidos precisam ser feitos no máximo 24 horas antes.
Além disso, os viajantes precisam garantir que o seu seguro viagem cobrirá todas as estadias forçadas em um hotel caso você teste positivo enquanto estiver dentro do país. Assim como acontece nos Emirados Árabes Unidos, o uso de máscaras só será necessário em transportes públicos e em instalações de saúde.
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Uma das situações que mais gerou polêmica em relação à Copa do Mundo do Qatar foram as recomendações para evitar demonstrações públicas de afeto e o fato da homossexualidade ser considerada crime dentro do país. Por esse motivo, diversas seleções pretendem usar as cores da bandeira LGBTQIA+ em suas braçadeiras de capitão como forma de protesto.
A lei do Qatar proíbe que homens e mulheres não casados dividam o mesmo espaço de habitação. O comitê organizador pediu aos visitantes que limitem demonstrações públicas de afeto, mas as autoridades locais confirmaram que amigos solteiros de diferentes sexos poderão dividir o mesmo quarto sem penalidade durante o torneio.
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Se para os fãs já está complicado, até mesmo quem deve ir ao Qatar a trabalho pode enfrentar problemas durante a realização da Copa do Mundo 2022. Existe a possibilidade de equipes de televisão internacionais serem proibidas de entrevistar pessoas em algumas regiões do país.
Segundo as leis locais, a gravação em prédios governamentais, universidades, locais de culto e hospitais também é proibida, além de filmar em propriedades residenciais e empresas privadas. Os organizadores do evento pediram que todos os fãs exerçam "cortesia comum" e peçam permissão antes de fotografar ou filmas pessoas em espaços públicos.
Logo, podemos oficialmente dizer que a Copa do Mundo do Qatar será um dos eventos de entretenimento mais restrito na história da humanidade — literalmente.