Ciência
24/11/2022 às 13:00•2 min de leitura
Alguns produtos se tornam tão associados a uma marca específica que fica difícil lembrar do nome original deles. É o caso, por exemplo, das lâminas de barbear que chamamos de "gilete", da esponja de palha de aço que chamamos de "bombril" ou dos bastonetes para limpeza que chamamos de "cotonete".
Aqui no Brasil, temos ainda outro exemplo: muita gente segue chamando se referindo à máscara de cílios como "rímel" até hoje. Mas por que fazemos isso? Contamos esta história neste texto.
(Fonte: Pinterest)
A popularização do termo "rímel" se iniciou em 1834, quando um perfumista e empresário francês chamado Eugène Rimmel abriu, ao lado do seu pai, uma loja chamada House of Rimmel em Londres. Era uma loja que vendia, entre outros produtos, uma pasta feita com ceras com carvão que serviam para tingir os cílios brancos, o que ocorria com o avanço da idade das mulheres. O produto ficou tão popular que passou a ser chamado de Rimmel.
Com o sucesso do produto e da loja, Eugène Rimmel foi se consolidando como um grande nome no mundo dos cosméticos, e passou a viajar o mundo atrás de novas cores e fragrâncias que pudesse usar nas suas invenções. Ele desenvolveu outras linhas, como pomadas perfumadas e enxaguatórios bucais.
Depois da Segunda Guerra Mundial, a marca Rimmel foi adquirida pelos donos de uma agência de publicidade em Londres, que fizeram campanhas para expandir a marca. Em 1956, uma ação de marketing fez com que a Rimmel se tornasse popular no mundo em todo, tornando-se uma empresa conhecida pelas maquiagens acessíveis e de qualidade.
Em 1996, a Rimmel foi comprada pela empresa francesa Coty, uma gigante no ramo dos cosméticos. Ela passou então a ser chamada de Rimmel London e foi relançada mundialmente em 2001. Hoje, a empresa vende seus produtos em 56 países do mundo. Mas pasme: a marca não é comercializada no Brasil.
(Fonte: Pinterest)
Os antecessores da máscara usada nos cílios remetem ao Egito Antigo. Mais ou menos por 3.000 a.C., os egípcios (mulheres e homens) tinham o hábito de aplicar um tipo de maquiagem para os olhos, que era usada para protegê-los do sol. Esta maquiagem era feita do mineral malaquita, que era então chamado de "Kohl". Já os gregos e os romanos assumiram o adereço mais para fins estéticos.
Depois de Eugène Rimmel, a máscara continuou evoluindo nas mãos de outros empresários. Em 1917, nos Estados Unidos, um químico chamado T.L. Williams fez experimentos e criou um novo produto feito com vaselina e pó de carvão. Ele atendia a um pedido de sua irmã, Maybel. Fez tanto sucesso que sua pequena empresa de cosméticos, chamada Maybelline, se tornou uma gigante do setor.
Outra marca famosa, a Max Factor, também tem uma participação importante na história da máscara de cílios: foi ela que lançou a embalagem de um tubo com aplicador, modelo que usamos até hoje.