Artes/cultura
07/01/2023 às 11:00•2 min de leitura
Do chão até o telhado, o Empire State Building possui impressionantes 381 metros de altura, fazendo dele um dos edifícios mais altos do mundo.
Localizado no centro de Manhattan, em Nova York, Estados Unidos, a construção do arranha-céu começou em 17 de março de 1930, no ápice da Grande Depressão, com intuito de abrigar escritórios corporativos.
Apesar disso, a imponência de sua estrutura atraiu muito mais que apenas prestígio e recordes, como também suicídios. Ao longo da história, 30 pessoas saltaram para a morte, mas Elvita Adams foi a única que sobreviveu ao pular do Empire State.
(Fonte: Magnum Photos/George Rodger/Reprodução)
Tudo começou antes mesmo que o Empire State pudesse ficar pronto, quando um trabalhador tirou a própria vida pulando do terraço após pedir demissão.
A cerca colocada no observatório principal, no 86º andar do edifício, que se tornou referência na cultura norte-americana dos filmes de Hollywood, foi instalada em 1947 depois que 5 pessoas tentaram pular em menos de três semanas.
Evelyn McHale, aos 23 anos, em 1º de maio de 1947, saltou para a morte do observatório e acabou em uma limusine estacionada às portas do Empire State, fotografada pela estudante Robert Wiles.
A polícia encontrou um bilhete junto ao corpo que dizia: "Ele está muito melhor sem mim. Eu não seria uma boa esposa para ninguém". A foto impressionante de Wiles foi publicada na edição de 12 de maio daquele ano da revista Life, e intitulada como o "mais belo suicídio", devido à natureza estranhamente intocável que o corpo de McHale adquiriu mesmo após a dura queda.
Apenas uma pessoa conseguiu saltar do observatório superior, no 102º andar. Frederick Eckert, de Astoria, conseguiu passar por um guarda na galeria fechada e pular, em 3 de novembro de 1932. Seu corpo foi parar no telhado do teto de observação do 86º piso.
(Fonte: Youtube/Reprodução)
Até Elvita Adams, então com 29 anos, ninguém havia sobrevivido a uma queda do Empire State. Apesar de o pulo ter acontecido em 2 de dezembro de 1979, provavelmente, a mulher já deveria ter decidido tirar a própria vida muito antes.
Ela lutava para sobreviver e encontrar uma saída do ciclo vicioso de depressão profunda e problemas internos que haviam consumido sua vida e tudo ao seu redor. Portanto, o deck de observação do Empire State foi a maneira que encontrou para terminar com toda aquela dor que não entendia, e que a medicina pouco falava sobre.
Às 20h do fatídico dia, Adams subiu até o 86º andar, pulou a cerca de 2,5 metros e se lançou da borda do edifício para o vazio e a noite. Em vez de encontrar seu fim na calçada a 381 metros abaixo, a jovem terminou a apenas 6 metros, em um espaço no 85º andar, devido a uma forte rajada de vento.
Frank Clark, o segurança que fazia a guarda do piso naquela noite, ouviu os gemidos de Adams e conseguiu puxá-la para dentro por uma janela. Com muitas dores, a jovem foi conduzida ao Hospital Bellevue, onde os médicos determinaram que a queda havia resultado em uma fratura no quadril e na pélvis. Após ser tratada, ela foi colocada sob observação psiquiátrica até que um porta-voz do hospital a desse alta.
Felizmente, Elvita Adams nunca mais fez outro atentado contra a própria vida.