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04/05/2023 às 02:00•3 min de leitura
Quando pensamos em deuses antigos, normalmente lembramos daqueles associados com elementos da natureza ou de características como bondade, sabedoria, etc. Porém, os panteões de diversas mitologias também apresentam divindades conectadas com um lado mais sombrio e selvagem dos seres humanos.
Pensando nisso, montamos uma lista com seis deidades que curtiam uma boa libertinagem. Confira abaixo!
(Fonte: David Chavez/Reprodução)
Embora não se saiba muito sobre este deus maia, acredita-se que ele era relacionado à bebida, morte e doença. Aparentemente, Akan adorava se embriagar de balché, uma preparação alcoólica feita com a casca de uma árvore embebida em mel e água e depois fermentada.
Por mais que o conhecimento sobre esta divindade seja limitado, ele ainda tem um grande impacto na cultura mexicana, com muitas pessoas apreciando tomar um ou dois copos de balché ocasionalmente.
(Fonte: Getty Images)
Também conhecido como Dionísio na mitologia grega, é o deus do vinho, da fertilidade, da vegetação, das artes e do teatro na mitologia romana. Ele é frequentemente retratado como um jovem alegre e animado, com uma coroa de folhas de videira em sua cabeça, uma taça de vinho em uma mão e um cajado de hera na outra.
Com um escopo tão grande nos prazeres mais carnais, é óbvio que os festivais em sua homenagem não poderiam ser contidos e púdicos. Conhecidas como bacanálias, essas festividades tomavam conta da cidade, regadas com muito vinho e diversão desenfreada.
As festas eram tão intensas que passaram a ser proibidas em 186 a.C. pelo Senado Romano, sob a alegação que a corrupção moral e a falta de supervisão estariam levando os indivíduos a sair do controle, realizando orgias e até sacrifícios humanos.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Xochipilli é um deus asteca patrono do amor, fertilidade, arte, beleza, flores e homossexualidade. Retratado como um jovem alegre e belo, ele também é conhecido como "Príncipe das Flores" ou "Senhor das Flores", além de frequentemente associado ao ciclo da vida, morte e renascimento.
Acredita-se que esta divindade estava ligada a cogumelos alucinógenos, que eram consumidos por seus adoradores durante as cerimônias, juntamente com o pulque, uma bebida alcoólica feita de agave. Além disso, suas celebrações supostamente também envolviam muita prostituição masculina.
Atualmente, Xochipilli desapareceu da cultura mexicana, com suas estátuas sendo encontradas basicamente em museus.
(Fonte: Getty Images)
Esta deusa da mitologia egípcia é frequentemente representada como uma leoa ou uma mulher com cabeça de leão, sendo associada à guerra, vingança e medicina.
Segundo uma das lendas de sua criação, Ra a incumbiu de destruir os mortais que estavam conspirando contra ele. Porém, a sede de sangue da divindade não foi saciada no fim desse combate, o que a levou a destruir quase toda a humanidade. Para finalmente detê-la, o deus inundou os campos com cerveja tingida de vermelho.
Sekhmet não percebeu que o líquido vermelho não era a sua bebida favorita, e tomou tanto que acabou adormecendo, salvando o resto dos humanos da destruição. Em homenagem a essa história, os festivais em sua honra incluíam beber o bastante para cair no sono e, ao acordar, a adoração passava a ser realizada por meio de danças e sexo.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Tlazoltéotl é uma divindade asteca também conhecida como "Deusa do Prazer" ou "Deusa da Imoralidade". Ela era associada à sexualidade, atos imorais, fertilidade e banhos de vapor, além de ser considerada a padroeira dos adúlteros.
Seu nome significa "Comedora de Impurezas", com seus adoradores acreditando que ela tentava os mortais a cometerem pecados, parar depois devorar tais erros uma única vez, como uma forma de purificação.
Por mais que os festivais e rituais em sua homenagem não contassem com nenhum ato realmente depravado, não há dúvidas que ela tinha uma ligação especial com a libertinagem.
(Fonte: Wikimedia Commons)
De acordo com a mitologia grega, Como, ou Kómos, é um filho de Dionísio, o que parece amplificar a predileção pelos prazeres terrenos de seu pai. Ele era uma divindade associada a festas, excessos e flertes noturnos, frequentemente retratado como um jovem alegre e dançante que acompanhava o deus do vinho em procissões e celebrações.
Sendo visto como jovial e brincalhão, era conhecido por sua capacidade de fazer as pessoas esquecerem suas preocupações e se entregarem à alegria da vida. Os festivais em sua homenagem ocorriam todos os anos, carregando o estranho costume de homens e mulheres trocando roupas no final.
Embora não fosse tão reverenciado quanto outras figuras importantes na mitologia grega, sua influência na cultura e na tradição era significativa. Seus rituais e celebrações eram populares em toda a Grécia antiga e sua imagem ainda é frequentemente associada à comemoração, ao prazer e à alegria.