Ciência
13/05/2023 às 13:00•3 min de leitura
Quando a Guerra Civil tomou conta dos Estados Unidos em 1861, o país se dividiu em dois grupos majoritariamente compostos por homens defendendo seus respectivos lados do conflito. Embora existissem muitas enfermeiras ajudando perto das linhas de frente, não era comum que mulheres se envolvessem nesse tipo de batalha — muito menos cumprindo papéis importantes nos serviços especiais.
Mesmo assim, isso não impediu alguns nomes femininos de entrarem para a história com relatos impressionantes nos bastidores do conflito. Naquela época, tanto o Norte quanto o Sul do país usavam espiãs para monitorar seus inimigos e fornecer informações relevantes para os generais. Pensando nisso, nós separamos uma lista com cinco mulheres incríveis que fizeram papel de espiãs na Guerra Civil dos EUA. Olha só!
(Fonte: Wikimedia Commons)
Sendo membro de uma família abastada do estado da Virgínia antes da Guerra Civil, Antonia Ford não parecia alguém que se envolveria na guerra. Ela era formada em literatura pelo Buckingham Female College Institute, o que a posicionou como uma das mulheres mais talentosas daquela época.
A princípio, ela era responsável apenas por transmitir pequenas informações militares que ouvia de soldados andando pelas ruas. Em 1863, no entanto, Ford já havia repassado tantas informações aos generais que sua espionagem foi considerada um fator decisivo para o avanço dos Confederados. Posteriormente, no entanto, apaixonou-se por um major da União e desistiu de ser espiã.
(Fonte: Internet/Reprodução)
Nascida na escravidão da Virgínia, Mary Richards Bowser foi uma mulher negra libertada por outra mulher, chamada Elizabeth Van Lew, em meados de 1851. Nos 10 anos seguintes após sua libertação, ela permaneceu trabalhando nas fazendas escravocratas para ganhar dinheiro, mas tornou-se logo uma apoiadora da União quando a Guerra Civil estourou.
Van Lew, com quem Bowser mantinha laços próximos, não era uma partidária dos Confederados, mas tinha conexões até o topo. Logo, Mary percebeu que poderia transformar essas conexões em uma maneira de ajudar o Norte a vencer a guerra e erradicar a escravidão dos EUA para sempre. Por algum tempo, ela trabalhou na "Casa Branca Confederada" atuando como espiã.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Emeline Piggot nasceu dentro de uma família grande e muito conhecida no leste da Carolina do Norte. No início da Guerra Civil, sua família estava intimamente envolvida na luta. Como ela havia perdido seu namorado em uma intensa batalha contra a União, tomou a decisão de ser ativamente contra o Norte.
Foi então que passou a dar festas ostensivas pró-União em sua casa, onde exploraria soldados e apoiadores da causa para obter informações. Depois que a luta terminou, ela continuou apoiando o lado perdedor até a sua morte — quase 60 anos depois.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Tendo estudado enfermagem na Syracuse Medical College em 1855, Mary Edwards Walker tinha o desejo de oferecer seus serviços médicos para as tropas da União quando a Guerra Civil estourou — mas foi recusada por ser mulher. Eventualmente, ela acabou se juntando a uma unidade militar da União da Virgínia em 1862.
Walker era tão dedicada ao seu trabalho que chegou a ser criticada por atravessar os campos de batalha para ajudar até mesmo soldados confederados feridos. No entanto, a União logo percebeu que essa era uma oportunidade de coletar mais informações e a colocou para trabalhar como espiã.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Embora fosse uma apoiadora da União, a atriz Pauline Cushman recebeu uma proposta para saudar o Sul no palco de um de seus espetáculos. Então, ela decidiu comunicar o coronel da União chamado Henry Moore e perguntar se deveria aceitar a proposta. Ele não só pediu para que ela fizesse a saudação, mas também a contratou como espiã da União.
Rapidamente, Pauline foi enviada a Nashville para cumprir suas obrigações, onde caiu nas graças dos soldados confederados e recebeu pedaços de informações importantes para ajudar a União durante a Guerra Civil. Mais tarde, ela acabou sendo capturada por oficiais da inteligência confederada e presa. Quando a guerra acabou, ela foi libertada, porém, sua vida e carreira nunca mais foram o mesmo.