Ciência
20/06/2023 às 10:59•2 min de leitura
Por serem descritas em relatos míticos, as cidades perdidas do mundo são muitas vezes consideradas lendas. No entanto, assim que descobertas — como ocorreu com Petra, Mênfis ou Machu Pichu — transformam-se em locais de peregrinação. Já outras continuam a habitar o imaginário popular e as buscas incessantes de arqueólogos e historiadores.
Falamos aqui de cidades europeias encontradas há pouco ou há muito tempo, e outras que ainda continuam envoltas em uma aura de mistério.
Fonte: Wikimedia Commons.
O que chama a atenção na cidade de Castro foi a forma como foi arrasada. Ao contrário de outras cidades "perdidas" em erupções vulcânicas, tempestades e terremotos, essa comunidade localizada na atual região do Lazio foi aniquilada pelos exércitos do Papa Inocêncio X. O pontífice acusou o patriarca da família Farnese, Ranuccio II, de assassinar o recém-nomeado bispo.
Da próspera cidade, restaram apenas ruínas fumegantes e uma coluna com a inscrição "Quì fu Castro" (Aqui estava Castro). A cidade jamais foi reassentada.
Fonte: Projeto Seuthopolis.
Construída no quarto final do século IV a.C., a cidade de Seuthopolis era a capital do Reino dos Trácios Odrysianos, na época a maior representação política dos Bálcãs Orientais, no que é hoje a Bulgária. Perdida durante séculos, a cidade foi descoberta em 1948 durante a formação do chamado Lago Koprinka, um reservatório artificial resultante da construção de uma barragem do rio Tudzha.
Fonte: Ruth Blankenfeldt/Universidade Johannes Gutenberg de Mainz.
Considerada por muito tempo como uma lenda local e chamada pejorativamente de "Atlântida do Mar do Norte", a cidade de Rungholt realmente existiu na atual Frísia Oriental na Alemanha, segundo uma nova pesquisa publicada no final do mês passado. Arqueólogos alemães encontraram os restos de uma igreja da cidade submersa.
O último registro que se tinha até então da cidade é de que ela teria sido varrida do mapa por uma tempestade conhecida como Segunda Inundação de São Marcelo, ocorrida em janeiro de 1362. A inundação destruiu mais de 30 assentamentos e matou cerca de 10 mil pessoas na área, além de empurrar a costa por muitos quilômetros.
Fonte: Wikimedia Commons.
Embora não exista efetivamente como cidade, Tartessos era uma civilização da Idade do Bronze que teria florescido no sudoeste da Espanha como uma das cidades mais ricas de seu tempo, com reservas de cobre, estanho, chumbo, prata e ouro.
Entre as evidências da existência de Tartessos, podem ser citados registros escritos (em obras de Heródoto, Estrabão e Plínio, o Velho), artefatos arqueológicos encontrados no vale do rio Guadalquivir, e evidências linguísticas, pois o tartessiano seria uma língua pré-céltica que cedeu muitas palavras para o moderno espanhol.
A localização exata da cidade continua sendo objeto de pesquisa de várias equipes arqueológicas.
Fonte: Getty images.
Enterrada por séculos, a cidade de Pompeia na Itália talvez seja a cidade "perdida" que mais fascínio causou entre os seus visitantes depois que as escavações da área tiveram início em 1748. Um dos motivos, a sua incrível preservação, se deve ao fato de a cidade ter sido totalmente soterrada em questão de horas por até 25 metros de cinzas vulcânicas.
A catástrofe, ocorrida durante a erupção do Monte Vesúvio no ano 79 d.C., matou instantaneamente mais de vinte mil pessoas. Recentemente, cientistas concluíram que a maioria dessas mortes foi causada não por asfixia, mas pelo calor extremo produzido pelo vulcão, que pode ter chegado a 250 °C.