
Ciência
26/07/2023 às 13:30•2 min de leitura
Chemsex, ou “sexo químico”, é o termo utilizado para o uso de drogas durante a prática de atividades sexuais, com ou sem penetração. Os praticantes do chemsex usam diferentes substâncias para aumentar a libido e intensificar os sentidos durante o ato. Isso gera uma verdadeira explosão de dopamina no cérebro, tornando a experiência sexual muito mais intensa — e também fatal.
Entender por que a prática é perigosa é bem simples. Não estamos falando apenas de pessoas que já são viciadas em drogas. Mesmo quem usa ocasionalmente corre o risco de se tornar dependente dessa prática. O chemsex está diretamente ligado ao uso de drogas, o que pode resultar em dupla ou tripla dependência — vício em sexo, drogas e no combo dos dois ao mesmo tempo. Outro ponto importante é o aumento do risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV, devido à diminuição da precaução antes da atividade sexual.
(Fonte: GettyImages)
Existem várias razões pelas quais a prática vem se tornando constante entre os mais jovens. Pessoas que já usam drogas recreativamente são mais propensas a experimentar coisas novas. Para muitos, as drogas sintéticas são uma parte essencial da diversão — seja experimentando novas substâncias psicoativas ou buscando a sensação de euforia. Nesse contexto, o chemsex pode parecer uma combinação perfeita.
Além disso, os aplicativos de relacionamento facilitam a disseminação do ato. Outro fator é que as pessoas que experimentam o chemsex pela primeira vez e tem uma experiência positiva, costumam divulgar como se fosse uma grande descoberta. O problema é que, com o tempo, os efeitos negativos podem começar a aparecer.
(Fonte: GettyImages)
No universo das drogas utilizadas no chemsex, a lista pode ser bem extensa, pois há constantemente novas substâncias sendo produzidas e lançadas. Basicamente, qualquer droga sintética que afete diretamente o sistema nervoso central pode ser usada na prática.
Algumas das drogas mais comuns incluem:
(Fonte: GettyImages)
O chemsex pode ser fatal, especialmente devido ao aumento do ritmo cardíaco, o que pode levar a um infarto agudo. Além disso, o uso combinado de drogas pode levar a um excesso de relaxamento da consciência, podendo levar o indivíduo a um estado de coma.
O risco de overdose também é uma preocupação, já que o sexo e o uso de drogas podem potencializar as alterações no organismo. A frequência cardíaca aumenta naturalmente nos momentos que antecedem o orgasmo, mesmo sem o uso de drogas, mas a adição de substâncias pode tornar esse intervalo fatal.
(Fonte: GettyImages)
Os tratamentos variam de acordo com as particularidades de cada pessoa e seu vício. Em geral, é essencial combinar tratamentos medicamentosos com sessões de terapia cognitivo-comportamental.
Essa abordagem terapêutica é crucial para quebrar os hábitos solidificados pelo chemsex, que precisam ser alterados. Em alguns casos, a terapia familiar também pode ser útil no processo de recuperação. É importante buscar ajuda profissional para enfrentar os desafios associados ao chemsex e iniciar um caminho rumo à recuperação.